A ministra da Secretaria Geral da Presidência, Gleisi Hoffmann, criticou nesta 3ª feira (29.jul.2025) o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e defendeu que a Câmara dos Deputados tome medidas contra ele. “Isso é um traíra, e comete crime de lesa pátria. Não tem direito a continuar deputado pelo Brasil”, declarou.
Gleisi afirmou ainda esperar uma reação institucional. “Com certeza, eu espero que o Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados, tome medidas para que esse traíra não possa mais representar nenhuma instituição brasileira”, disse.
A ministra também disse ter conversado rapidamente por telefone com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a situação do deputado, mas não deu detalhes do que foi discutido.
Assista à fala da ministra (1min13):
Na 2ª feira (28.jul), Eduardo Bolsonaro declarou que trabalha para não haver diálogo entre o governo dos EUA e a comitiva do Senado que está no país para negociar a tarifa de 50% imposta aos produtos brasileiros.
“Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo porque eu sei que vindo deste tipo de pessoa só haverá acordos daquele tipo meio-termo, que não é nem certo, nem errado. Eu sei o que é certo. Não é dar 17 anos de cadeia para as velhinhas. Eu quero a liberdade destas pessoas”, afirmou Eduardo, em entrevista ao SBT News.
“Eu acho que eles [senadores], vindo com esta visão estritamente comercial da coisa, quando o Trump já deixou claro em declarações, posts na rede social e até mesmo em uma carta, que o problema não é estritamente comercial, mas sim institucional. (…) É um problema dentro do Judiciário, é um problema político e não meramente econômico”, disse Eduardo.
“Se o Brasil der um 1º passo para mostrar que está disposto a resolver esta situação, o Trump, sim, abre uma mesa de negociação com o Brasil”, acrescentou.
Os EUA vão cobrar uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras a partir de 1º de agosto, ou seja, em 3 dias. A medida vai encarecer os produtos vendidos pelo Brasil aos estadunidenses. Afetará os empresários do ramo e, consequentemente, os trabalhadores dessas companhias. Outros países também serão afetados, mas cada um tem um percentual diferente.
Os EUA parecem firmes na sua decisão. O secretário de Comércio do país, Howard Lutnick, disse no domingo (27.jul) que não haverá adiamento. O próprio Trump reforçou a determinação no mesmo dia.
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