Uma exportadora do setor madeireiro anunciou na 3ª feira (29.jul.2025) que deu férias coletivas a quase 500 funcionários por causa do tarifaço americano. A decisão de reduzir as operações foi motivada pela suspensão, na semana passada, dos contratos de exportação que ainda não haviam sido enviados aos portos.
Em comunicado ao mercado e aos colaboradores, a Impumirim Portas e Molduras diz que a medida “visa aguardar que ambos os governos cheguem a um acordo, permitindo que as atividades comerciais continuem fluindo”. Com quase 500 colaboradores diretos, apenas um setor com 15 deve seguir trabalhando.
A empresa fabrica molduras, com 95% da produção destinada aos Estados Unidos, e paletes, portas de madeira e kits de portas prontas. Considerando toda a produção, o percentual de comércio com os Estados Unidos fica em torno de 50%.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), anunciou uma alíquota de 50% sobre os produtos do Brasil a partir de 1º de agosto. Outros países também serão afetados, mas cada um tem um percentual diferente.
Em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), publicada em 9 de julho, o republicano justificou o aumento pelo tratamento que o governo brasileiro deu ao ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL), a quem disse respeitar “profundamente”.
“A forma como o Brasil tratou o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional”, disse Trump.
Trump declarou que o governo dos EUA concluiu que precisa se afastar da “relação de longa data e muito injusta” provocada pela política tarifária de barreiras comerciais do Brasil.
Segundo o presidente norte-americano, as taxas dos EUA estão longe de ser recíprocas com o país da América do Sul. Ele afirmou que é preciso corrigir as “graves injustiças do regime atual”.
“Por favor, entenda que o número de 50% é muito menor do que o necessário para termos a igualdade de condições que precisamos com o seu país”, declarou Trump.
O presidente dos EUA disse que se Lula aumentar as tarifas em retaliação haverá um acréscimo de igual proporção aos 50% anunciados.
Outros países além do Brasil também serão afetados com as taxas dos EUA a partir de 1º de agosto como, por exemplo, nações da União Europeia, Japão, Indonésia e México. Cada país, porém, terá um percentual diferente.
Com informações da Agência Brasil.