“Recebemos com grande surpresa e indignação a comunicação enviada pelo Grupo BBF à Abrapalma, datada de 14 de julho de 2025, na qual acusa a LR Agro e a Agronorte, de propriedade do Sr. Luciano Rodrigues, de graves ilícitos, incluindo invasão de áreas, furto de frutos de dendê e suposto envolvimento com atividades ilegais e crime organizado”. Por meio desta nota, enviada ao Ver-o-Fato, as empresas LR Agro e Agronorte, de Luciano Rodrigues, “refutam categoricamente todas as alegações, expondo a verdade dos acontecimentos e a conduta irresponsável do Grupo BBF”.
Segundo a nota, o Sr. Luciano Rodrigues mantém uma parceria comercial com o Grupo BBF há 15 anos, inicialmente voltada ao transporte, desde 2010, intensificando-se no Pará a partir de novembro de 2020, com a aquisição da BioPalma pela BBF.
“Em 2023, diante de graves problemas econômico-financeiros enfrentados pela BBF — que resultaram no abandono da maioria de seus parceiros de transporte por falta de pagamento —, a empresa de transporte do Sr. Luciano Rodrigues foi a única que se manteve fiel, assumindo 100% do transporte de frutos, efluentes e óleo de palma para a BBF”.
Mais do que um mero transportador, em maio de 2024, a pedido da própria BBF e com o objetivo de mitigar sua incapacidade de gerir as próprias áreas, o sr. Luciano Rodrigues iniciou atividades como produtor rural, por meio da LR Agro, formalizando contratos de arrendamento. Nessas áreas, a LR Agro investiu maciçamente, contando hoje com cerca de 500 funcionários devidamente registrados e realizando o cultivo e manejo completos — incluindo polinização, poda, cultivo e limpeza — conforme as melhores práticas e as cláusulas contratuais firmadas. A LR Agro, portanto, atua de forma totalmente legal e contratual nessas áreas, não havendo qualquer invasão ou ilicitude, destaca a manifestação.
Apesar do compromisso e dos investimentos da LR Agro, o Grupo BBF persistiu em sua grave inadimplência. Em junho de 2025, mesmo após a entrega de 6.000 toneladas de dendê à BBF pela LR Agro, a empresa não repassou sequer metade do valor devido, somando-se a uma dívida acumulada dos últimos dois anos. A dívida total da BBF com o Sr. Luciano Rodrigues — englobando os serviços de transporte da Agronorte e a produção rural da LR Agro — atinge um montante milionário.
Diante da insustentável situação de inadimplência crônica da BBF — uma empresa notoriamente em processo de falência, que demitiu quase 6.000 funcionários nos últimos seis meses e enfrenta mais de 11 mil processos judiciais, com um passivo trabalhista de centenas de milhões —, o Sr. Luciano Rodrigues viu-se forçado a tomar medidas para proteger suas empresas e garantir o sustento de seus funcionários, enfatiza a nota.
“Boletins falsos, má fé e calúnias”
Mais adiante, a nota afirma: O Sr. Luciano Rodrigues não mantém, e nunca manteve, qualquer tipo de parceria ou comercialização com grupos criminosos. A BBF busca, de forma desonesta, imputar ao Sr. Luciano Rodrigues problemas internos de invasão em suas vastas áreas. Contudo, pelo histórico amplamente conhecido da parceria entre a empresa e o Sr. Luciano, ele tentou, de todas as formas, ajudar a BBF a se reerguer”.
E mais: “A comercialização de frutos feita pelo Sr. Luciano Rodrigues ocorre de forma transparente e legítima com produtores rurais, comunidades locais (quilombolas, indígenas) e agricultores familiares (AGF), mediante pagamento justo e transporte adequado. Inclusive, a má-fé da BBF se estendeu às comunidades: a empresa permitiu que Luciano comprasse frutos desses grupos, mas não repassou a ele os valores que seriam destinados a eles. Para não prejudicar essas comunidades, o Sr. Luciano Rodrigues realizou empréstimos no valor de R$ 5,5 milhões para quitar a dívida que era de responsabilidade da BBF, demonstrando seu compromisso social e com o desenvolvimento socioeconômico da região”.
Os boletins de ocorrência mencionados pela BBF, resume o documento, “são, em sua maioria, falsos e caluniosos, forjados com o único intuito de denegrir a imagem do Sr. Luciano Rodrigues e desviar o foco da grave crise e da má gestão da própria BBF”.
“O único problema que assola a região hoje, levando ao desemprego e à instabilidade, é a má gestão do Grupo BBF, que tenta transferir sua responsabilidade para o Estado e para empresas sérias como a LR Agro e a Agronorte. O Sr. Luciano Rodrigues, por outro lado, sempre atuou com honestidade, honrando seus compromissos e investindo na manutenção e produtividade das áreas que a BBF negligenciou — mesmo diante de um cenário de dívidas impagáveis e processos acumulados”, conclui a nota.
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