Foto: PDP
Durante o encontro, o Brasil se comprometeu a apresentar soluções até 11 de agosto, após pressão do Grupo Africano de Negociadores. “Não aceitaremos reduzir nossas delegações”, afirmou Richard Muyungi, presidente do grupo, destacando a necessidade de respostas concretas em vez de limitações.
O desafio logístico é enorme: Belém possui apenas 18 mil leitos hoteleiros para receber os 45 mil participantes esperados. Como alternativa, o governo brasileiro contratou dois navios de cruzeiro com 6 mil leitos adicionais e ofereceu diárias a US$ 220 para países em desenvolvimento – valor que ainda supera o subsídio diário de US$ 149 pago pela ONU às nações mais pobres.
A situação expõe uma contradição cruel: justamente os países mais vulneráveis às mudanças climáticas podem ficar de fora das discussões por não conseguirem arcar com os custos da hospedagem. Enquanto isso, diplomatas tanto de nações ricas quanto pobres manifestaram insatisfação com os preços praticados na capital paraense.
O governo brasileiro, que já havia prometido garantir hospedagens acessíveis, agora corre contra o tempo para evitar que a COP30 vire um evento exclusivo para países com maior poder econômico, comprometendo o princípio de participação igualitária nas negociações climáticas.
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