
Uma operação da Polícia Civil do Mato Grosso contra fraudes milionárias no TJ-MT (Tribunal de Justiça do Mato Grosso) prende advogado de Marília e faz buscas na cidade.
A operação acusa Régis Poderoso de Souza, que além de advogado tem atuação na Assembleia Legislativa do Estado, de participar em esquema de fraudes com servidores do Tribunal. Além dele, a advogada e empresária Denise Alonso, também de Marília, foi alvo de prisão.
A prisão do advogado de Marília integra a Operação Sepulcro Caiado para desarticular um grupo de fraudes com até R$ 21 milhões no MT
Ainda não há detalhes dos endereços ou efeitos das buscas em Marília. As informações são da Polícia Civil.
A operação cumpre mais de 160 ordens judiciais, sendo 11 mandados de prisão preventiva, 22 mandados de busca e apreensão.

Bloqueio milionário e sequestro de bens
Além disso, tem 16 ordens de bloqueio judicial totalizando mais de R$ 21,7 milhões. Atinge três servidores do Judiciário e 11 advogados.
A Justiça autorizou, inclusive, 46 quebras de sigilo fiscal e bancário e sequestro de 18 veículos e 48 imóveis. Além de Marília, as ordens atinge endereços em Cuiabá e Várzea Grande, no MT< onde Régis atuou,
Segundo a Polícia Civil, as investigações da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá identificaram um sofisticado esquema de fraudes. Envolvia empresários, advogados e servidores públicos do Poder Judiciário para movimentação processual.
O inquérito apura crimes de integrar organização criminosa, estelionato, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso. Além disso, apura peculato, patrocínio infiel e lavagem de capitais.

Falsificação, dívidas e saques
Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso ajuizava ações de cobrança e, sem o conhecimento das partes rés, simulava a quitação da dívida via depósito judicial. Assim, juntando aos autos comprovantes de pagamentos falsificados.
Com isso, um servidor do Poder Judiciário, alvo da operação, fazia a migração do respectivo valor da conta única do TJMT para a conta no processo. Portanto, as fraudes criavam fundos para o resgate do alvará.
Os levantamentos iniciais identificaram 17 processos protocolados pela quadrilha entre os anos de 2018 e 2022. Como o Tribunal de Justiça modificou a metodologia de transferência de valores em 2023, a polícia não identificou fraudes recentes.
Entre as vítimas identificadas, estão empresários e pessoas físicas que descobriram processos judiciais em seus nomes. São dívidas com “quitação” para até R$ 1,8 milhão, contudo, em casos com empréstimos originais não ultrapassavam R$ 100 mil.
Em um dos casos mais graves, o esquema teve como vítima uma pessoa interditada judicialmente.]
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