O advogado Caio Cavalcante, que representa Thiago Gonçalves, ex-companheiro de Jamille Araújo, a enfermeira encontrada morta em Ananindeua, afirmou em entrevista que o cliente está desolado e nega qualquer tipo de agressão. “Ele está chorando muito, sem acreditar no que aconteceu”, disse.
Segundo a defesa, o relacionamento entre os dois durou um ano e sete meses e, apesar de algumas discussões, nunca houve violência física. “Todas as brigas foram resolvidas dentro de casa. Nunca houve agressão, nem da parte dela contra ele, nem dele contra ela”, declarou Caio.
O advogado também ressaltou que Thiago não é investigado formalmente. “Ele não é acusado, nem suspeito. Está sendo ouvido como testemunha. Veio à delegacia por vontade própria, sem intimação, entregou o celular sem ordem judicial e está colaborando desde o primeiro momento”.
Ainda de acordo com a defesa, indícios já reunidos pela investigação, como mensagens e imagens de câmeras de segurança, apontam para um caso de suicídio. “É muito difícil afirmar o que aconteceu, mas já podemos dizer o que não foi: não foi feminicídio. Ela já vinha apresentando problemas psicológicos e falando sobre tirar a própria vida”, alegou.
O advogado informou que este é o segundo depoimento prestado por Thiago. “Ontem estivemos na seccional da Cidade Nova, mas hoje viemos à delegacia especializada para detalhar melhor os fatos. Ele saiu respondendo em liberdade e aguardamos agora o laudo técnico da perícia, que será decisivo”.
A previsão inicial para conclusão do laudo pericial é de 15 dias, mas o prazo pode ser estendido. A Delegacia de Feminicídio segue conduzindo a investigação e ouvindo testemunhas para esclarecer o caso.
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