por Vance Voetberg
09 de maio de 2023
no site TheEpochTimes
| Vance Voetberg
é jornalista do The Epoch Times, sediado na região noroeste do Pacífico. Ele é bacharel em jornalismo e tem como objetivo apresentar notícias verdadeiras e inspiradoras sobre saúde. É o fundador do blog de nutrição “Running On Butter”. |
Para esses cinco grupos de pessoas, ibuprofeno apresenta sérios riscos à saúde que superam os benefícios potenciais…
Tomar ibuprofeno para aquela dor de cabeça latejante ou tornozelo torcido pode proporcionar alívio rápido da dor.
Mas embora esse medicamento de venda livre e de fácil acesso possa mascarar temporariamente o desconforto e, às vezes, eliminar a dor, especialistas dizem que ele faz pouco para estimular a cura verdadeira.
Além disso, para esses cinco grupos de pessoas, o ibuprofeno apresenta sérios riscos à saúde que superam os potenciais benefícios.
- Pessoas com problemas de fígado e rins
Pessoas com problemas no fígado ou nos rins devem evitar o ibuprofeno, pois o medicamento pode danificar esses órgãos vitais, disse o Dr. Joseph Maroon, professor de cirurgia neurológica no Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, ao The Epoch Times.
Embora seja considerado um dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) mais seguros para o fígado, o ibuprofeno pode causar danos às células do fígado, o que também é conhecido como hepatotoxicidade ou hepatite tóxica, de acordo com uma revisão sistemática que analisou 22 estudos.
Essa lesão hepática ocorreu 12 dias após o início do tratamento e foi mais comum em mulheres. Como desintoxicante do corpo, o fígado decompõe e avalia compostos.
O ibuprofeno é um medicamento difícil de ser processado pelo fígado, disse o Dr. Maroon.
O fígado é fundamental na remoção de resíduos e na degradação de medicamentos. O ibuprofeno pode ser tóxico para esses processos.
A dosagem padrão de 200 a 400 miligramas três vezes ao dia é prejudicial ao fígado.
Embora a overdose de ibuprofeno seja rara, ela pode causar danos ao fígado. Um estudo de 2020 da Universidade da Califórnia-Davis descobriu que mesmo doses moderadas de ibuprofeno podem ter efeitos adversos mais significativos na saúde do fígado do que os médicos imaginam.
Pesquisas em ratos mostraram que,
O tratamento com ibuprofeno alterou as vias metabólicas, incluindo aquelas que regulam aminoácidos, hormônios e vitaminas.
O ibuprofeno também é tóxico para os rins, pois danifica os vasos sanguíneos que filtram os resíduos.
O uso excessivo pode levar à nefropatia analgésica, uma doença renal causada pelo excesso de medicação.
É mais comum entre pessoas com mais de 45 anos e com problemas renais ou hepáticos, e essas populações devem evitar o ibuprofeno, de acordo com o Dr. Maroon.
2. Pessoas com asma
A asma afeta 1 em cada 12 americanos. Ela causa inflamação nas vias aéreas, produzindo excesso de muco, o que leva a problemas respiratórios.
Pessoas com asma devem evitar AINEs como o ibuprofeno …
O ibuprofeno bloqueia as vias de inflamação, mas pode aumentar compostos chamados leucotrienos, causando broncoespasmos, um estreitamento dos músculos que revestem as vias aéreas dos pulmões.
Um estudo de 2016 publicado na Medicine relacionou o uso de curto prazo de ibuprofeno, aspirina e diclofenaco à exacerbação da asma.
“Este estudo incentiva os médicos a reavaliarem suas estratégias de tratamento para febre em crianças com asma”, escreveram os pesquisadores.
Outro estudo de 2019 realizado em Taiwan mostrou que o ibuprofeno apresenta maiores riscos de ataque de asma do que o paracetamol em crianças pequenas que tiveram uma visita ao pronto-socorro ou foram hospitalizadas no ano anterior.
3. Pessoas com hipertensão ou insuficiência cardíaca
Estudos mostram que o ibuprofeno e AINEs, como o naproxeno, podem aumentar a pressão arterial.
Duas meta-análises descobriram que o uso de AINEs causa um aumento significativo na pressão arterial média, especialmente em pacientes hipertensos, de acordo com um artigo de revisão publicado na Drug Safety.
Um relatório observou que usuários de AINEs tinham um risco 1,7 vez maior de precisar de anti-hipertensivos do que os não usuários. O uso de AINEs também foi associado a um aumento de 40% no risco de diagnóstico de hipertensão.
O ibuprofeno também pode diminuir os efeitos dos medicamentos para pressão arterial.
“Como muitos pacientes com condições como osteoartrite necessitam de tratamento e também têm hipertensão, mesmo elevações modestas na pressão arterial ou inibição da eficácia de medicamentos anti-hipertensivos resultantes de anti-inflamatórios não esteroidais podem ser de grande importância clínica e para a saúde pública”, diz um artigo publicado no Journal of Clinical Hypertension.
Dada a ligação entre pressão alta e doenças cardíacas, o Dr. Maroon disse:
pessoas com problemas cardíacos devem evitar ibuprofeno.
Um estudo de 2016 publicado no British Medical Journal associou o uso de AINEs a um maior risco de insuficiência cardíaca devido ao aumento da pressão arterial, inibição plaquetária e outras propriedades.
4. Mulheres grávidas
Sabe-se que mulheres grávidas devem evitar AINEs após 20 semanas, pois os medicamentos podem resultar em baixo líquido amniótico, de acordo com a Food and Drug Administration dos EUA.
No entanto, pesquisas emergentes sugerem que os AINEs também podem prejudicar o bebê no início da gravidez. Um estudo descobriu que o ibuprofeno reduziu o número de células, a proliferação e a contagem de células germinativas, independentemente do estágio gestacional.
Os efeitos adversos não foram totalmente revertidos após a interrupção do medicamento por cinco dias, indicando efeitos de longo prazo…
“Essas descobertas merecem ser consideradas à luz das recomendações atuais sobre o consumo de ibuprofeno [na] gravidez”, observaram os pesquisadores.
Um estudo ex vivo de 2021 descobriu que os AINEs alteravam o desenvolvimento renal fetal já nas sete semanas de desenvolvimento de várias maneiras, incluindo morte celular.
Pesquisas adicionais relacionaram o ibuprofeno durante a gravidez a,
- menor peso ao nascer
- mais sangramento materno
- maior risco de asma
5. Pessoas com histórico de AVC
Dor nos nervos após um derrame é comum.
No entanto, de acordo com o Dr. Maroon, não é recomendado tomar AINEs para alívio. Uma revisão sistemática de 15 estudos descobriu que o uso de AINEs aumenta significativamente o risco de acidente vascular cerebral hemorrágico.
Os pesquisadores atribuem o aumento do risco de derrame à vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos) e à excreção de sódio, piorando a pressão arterial.
Um estudo de 2021 descobriu que mulheres com dores menstruais que usam AINEs têm maior risco de derrame.
O uso de AINEs durante a menstruação é comum.
“Especialmente [para] mulheres jovens, o risco de derrame aumenta ainda mais, e quanto mais tempo o medicamento [é usado], maior o risco de derrame”, escreveram os autores do estudo.
Fonte: https://bibliotecapleyades.net/ciencia4/industrybigpharma325.htm
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