Bolsonaristas adiam comissão da reforma do setor elétrico

A instalação da comissão mista que vai analisar a reforma do setor elétrico foi adiada nesta 3ª feira (5.ago.2025) por falta de quórum. Deputados e senadores da oposição articularam uma obstrução em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eis a íntegra da MP (medida Provisória) 1.300/25 (PDF – 342 kB).

A reunião seria o 1º passo formal para a tramitação da medida, que propõe mudanças estruturais no setor, como a ampliação do modelo da Tarifa Social de Energia Elétrica, o mercado livre para todos os consumidores e o fim de subsídios em tarifas de uso da rede.

Havia expectativa de que o senador Eduardo Braga (MDB-AM), ex-ministro de MME (Minas e Energia), fosse eleito presidente do colegiado. A relatoria deve ficar com o deputado Fernando Filho (União-PE), que também já comandou o ministério. A MP precisa ser aprovada pelo Congresso até 17 de setembro para não perder validade.

Desde o retorno do recesso Legislativo, congressistas da oposição têm adotado uma estratégia de obstrução nas duas Casas, como forma de colocar em pauta projetos de interesse do grupo. Entre eles, estão a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro e pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

Eis outros congressistas que participaram da declaração:

  • Flávio Bolsonaro, senador (PL-RJ);
  • Rogério Marinho, líder da Oposição no Senado (PL-RN);
  • Luciano Zucco, líder da Oposição na Câmara (PL-RS);
  • Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara (RJ);
  • Tereza Cristina, senadora (PP-MT);
  • Damares Alves, senadora (Republicanos-DF);
  • Evair de Melo, deputado (PP-ES);
  • Carlos Jordy, deputado (PL-RJ);
  • Marco Feliciano, deputado (PL-SP);
  • Carol de Toni, deputada (PL-SC);
  • Marcos Pontes, deputado (PL-SP);
  • Nikolas Ferreira, deputado (PL-MG);
  • Marcel Van Hattem, deputado (Novo-RS);
  • Bia Kicis, deputada (PL-DF).