O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), decidiu tomar o controle total da Faixa de Gaza, disseram fontes do governo do país ao canal de TV israelense 12.
De acordo com a Reuters, Netanyahu declarou na 2ª feira (4.ago.2025) que convocará o seu gabinete de segurança nesta semana para discutir como instruir os militares a atingir seus objetivos de guerra no enclave. O gabinete deve se reunir nesta 3ª feira (5.ago) para tomar uma decisão sobre o assunto.
“Devemos continuar unidos e lutar juntos para alcançar todos os nossos objetivos de guerra: a derrota do inimigo, a libertação de nossos reféns e a garantia de que Gaza não representará mais uma ameaça a Israel”, disse Netanyahu em uma reunião ministerial, segundo a Reuters.
O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 matou 1.200 israelenses e deu início à guerra na Faixa de Gaza. Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, mais de 60.000 palestinos foram mortos desde então.
Além disso, organizações internacionais e autoridades de saúde alertam para um número crescente de civis morrendo de fome e desnutrição, intensificando as críticas a Israel por suas restrições à entrada de ajuda humanitária no enclave.
De acordo com autoridades israelenses, 50 reféns permanecem em Gaza, dos quais acredita-se que apenas 20 estejam vivos.
Em julho, Netanyahu disse que “não há fome” na Faixa de Gaza.
“Israel é apresentado como se estivesse conduzindo uma campanha de fome em Gaza. Que mentira descarada. Não há política de fome em Gaza e não há fome em Gaza. Permitimos que a ajuda humanitária entre em Gaza durante toda a guerra”, declarou em conferência cristã em Jerusalém. Segundo o premiê, o Hamas “impede o fornecimento de ajuda humanitária” aos residentes do enclave.