
À primeira vista, a zamioculca parece a planta perfeita para quem esquece de regar ou para quem não tem tanta experiência com jardinagem. Suas folhas brilhantes e firmes transmitem a ideia de resistência, e a fama de “quase indestrutível” é repetida por muitos. Mas, como qualquer ser vivo, ela também tem limites. E um dos problemas mais comuns, que leva muita gente a ver sua zamioculca murchando, está justamente na rega — e em um detalhe que poucos percebem.
Entendendo a natureza da zamioculca
A zamioculca (Zamioculcas zamiifolia) é originária de regiões tropicais e semiáridas da África. Essa combinação já diz muito sobre seu comportamento: ela é adaptada a solos que recebem boa quantidade de água na estação chuvosa, mas que também passam períodos secos. Suas raízes, chamadas de rizomas, funcionam como reservatórios, armazenando água e nutrientes para os momentos de escassez.
Esse mecanismo natural é o que garante que a planta sobreviva bem a eventuais esquecimentos de rega, mas também é o motivo pelo qual ela sofre tanto quando o solo permanece constantemente úmido.
O erro mais comum na rega
O problema não está apenas em regar demais, mas em não deixar o solo secar entre as regas. Esse é o detalhe que passa despercebido por muita gente. A zamioculca não gosta de “pé molhado” e, quando a terra está sempre úmida, as raízes começam a apodrecer lentamente. O sintoma visível desse processo é a perda de firmeza das folhas, que ficam murchas e, em casos mais avançados, amareladas.
Essa deterioração é silenciosa e pode levar semanas até que o dono perceba que algo está errado. Quando isso acontece, muitas vezes já há partes da raiz comprometidas.
Como identificar o ponto certo de rega
A forma mais simples de saber se a zamioculca precisa de água é enfiar o dedo cerca de 3 a 5 centímetros no substrato. Se sentir que a terra está seca, é hora de regar; se ainda estiver úmida, espere mais alguns dias. Outra técnica é observar o peso do vaso: quando está leve, geralmente indica que o solo já secou.
No verão ou em regiões muito quentes, o intervalo de rega costuma ser menor, variando entre 7 e 10 dias. Já no inverno, pode passar de 15 a 20 dias, dependendo do ambiente.
Como regar corretamente
- Regue de forma uniforme: despeje a água até que comece a sair pelos furos de drenagem do vaso.
- Evite pratos com água acumulada: o excesso no fundo favorece o apodrecimento das raízes.
- Prefira água em temperatura ambiente: mudanças bruscas de temperatura podem estressar a planta.
- Não molhe excessivamente as folhas: embora resistentes, elas podem acumular umidade e facilitar o surgimento de fungos.
Escolha do vaso e substrato
Um dos aliados para evitar o erro na rega é usar vasos com furos de drenagem adequados e um substrato leve, que permita a saída rápida do excesso de água. Uma mistura recomendada é:
- 2 partes de terra vegetal
- 1 parte de areia grossa
- 1 parte de casca de pinus ou fibra de coco
Essa composição garante boa aeração e impede que as raízes fiquem encharcadas por muito tempo.
Sinais de excesso e falta de água
- Excesso de água: folhas amareladas, moles e com manchas escuras; cheiro de terra “azeda” indicando início de apodrecimento.
- Falta de água: folhas enrolando levemente nas pontas e ficando opacas, mas ainda firmes; recuperação rápida após rega.
Saber diferenciar esses sinais é fundamental para agir rápido e salvar a planta.
Recuperando uma zamioculca murcha
Se a planta já está sofrendo por excesso de água, o primeiro passo é interromper a rega imediatamente. Retire-a do vaso, corte partes das raízes que estejam escuras e moles e replante em substrato novo e seco. Deixe-a em local iluminado, mas sem sol direto, e espere alguns dias antes de regar novamente.
Nos casos de falta de água, basta retomar a rega gradualmente. A zamioculca é resiliente e, se o problema não estiver muito avançado, voltará a se recuperar.
Iluminação também influencia
Embora o foco aqui seja a rega, vale lembrar que a zamioculca também precisa de luz adequada para se manter saudável. Ambientes com claridade indireta são ideais. Se ficar em um canto muito escuro, ela reduzirá o ritmo de crescimento e até a absorção de água, o que pode confundir o dono na hora de definir a frequência de rega.
Um cuidado simples que prolonga a vida da planta
Evitar o erro na rega é, sem dúvida, a principal forma de manter sua zamioculca bonita e firme. Ao respeitar o ciclo natural de umedecer e secar o solo, você não só garante folhas vistosas, mas também prolonga a vida da planta por muitos anos.
A verdade é que, quando se entende que “menos é mais” na rega dessa espécie, ela realmente cumpre sua fama de ser quase indestrutível — e o risco de vê-la murchando se torna muito menor.
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