Presidente da Áustria desiste de ir à COP30 por “altos custos”

O presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen (independente), anunciou que não participará da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas). O evento da ONU (Organização das Nações Unidas) será realizado em novembro em Belém (PA). 

De acordo com o comunicado do governo austríaco, divulgado pela emissora ORF, os altos custos logísticos impedem a viagem de Van der Bellen ao Brasil. O gabinete afirmou que a decisão se dá pela necessidade de consolidação orçamentária, o que exige cortes e disciplina fiscal de todos os órgãos públicos.

O governo da Áustria declarou que os custos logísticos para levar o presidente e sua delegação estão fora do atual limite orçamentário.

Ao diplomata André Corrêa do Lago, presidente da COP30, Van der Bellen disse que não tomou essa decisão de forma precipitada, mas depois de “cuidadosa consideração”, e desejou sucesso para a conferência. Segundo ele, o evento será realizado em um contexto global desafiador.

A COP30 é considerada um dos eventos internacionais mais importantes do ano, reunindo líderes globais para discutir medidas urgentes contra as mudanças climáticas. A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 será realizada de 10 a 21 de novembro.

Belém foi escolhida como sede para destacar a relevância da região amazônica no combate à crise climática.

Os preços altos das acomodações são alvo de críticas. Alguns países pediram oficialmente para que a COP30 não fosse realizada em Belém.

André Corrêa do Lago disse que, enquanto em outras edições da COP os hotéis cobraram o dobro ou o triplo do valor habitual, em Belém, as diárias estão até 10 vezes acima do normal. Ele destacou que a legislação brasileira não permite impor limites aos preços das diárias e que o que resta é o diálogo com a rede hoteleira.

O Brasil negocia com a ONU (Organização das Nações Unidas) o aumento dos valores a serem repassados para custear a hospedagem das delegações que participarão da COP30.

Os recursos vêm de um fundo fiduciário que subsidia a estada de 144 países no evento. A capital paraense deve receber ao menos 100 chefes de Estado. Ao todo, a estimativa é de 50.000 pessoas.