A Vale informou que não irá remover a lombada instalada no desvio temporário de acesso à ponte rodoferroviária sobre o Rio Tocantins, na BR-222, em Marabá, alegando questões de segurança. A decisão da empresa vem em resposta às reclamações de motoristas do complexo São Félix, que relatam trânsito lento diário na saída do bairro devido à intervenção viária. O tráfego pela alça de desvio começou no dia 3 de agosto.
Segundo os condutores, a lombada obriga a parada completa das carretas, que enfrentam dificuldades para retomar velocidade, situação diferente da alça de acesso anterior. Isso é mais perceptível nos horários de grande movimento, a exemplo do início da manhã.
O problema foi destacado pelo vereador Márcio do São Félix em vídeo publicado em suas redes sociais, onde confirmou a existência do transtorno e informou ter contatado os responsáveis pela obra, aguardando mudanças.
Em nota oficial, a Vale agradeceu “a compreensão da comunidade diante dos transtornos temporários no trânsito” e reforçou que “as lombadas e demais intervenções implantadas nos acessos à ponte rodoferroviária sobre o Rio Tocantins, em Marabá, são necessárias para a segurança na via”.
A empresa justificou que as medidas são especialmente importantes “na área onde está sendo construída uma passagem inferior que dará acesso à alça viária da nova ponte rodoviária”. A Vale enfatizou que as intervenções “são temporárias e visam proteger motoristas, pedestres e ciclistas que circulam próximo ao local durante o período da obra”.
Contexto das obras
O desvio temporário está em funcionamento desde domingo (3) e faz parte das obras de construção dos acessos às duas novas pontes – uma ferroviária e outra rodoviária – projeto bilionário de investimento da Vale. A previsão é que o novo percurso permaneça em uso por quase um ano.
O projeto das novas pontes, iniciado em 2022, já apresenta avanços significativos, com dezessete módulos estruturais instalados nos pilares das novas pontes no lado do São Félix e cinco segmentos da ponte rodoviária posicionados na Nova Marabá. A conclusão total do complexo está prevista para 2027.
Quando prontas, as novas pontes – cada uma com 2,3 km de extensão – vão separar definitivamente o tráfego de veículos e trens da Estrada de Ferro Carajás (EFC), eliminando os gargalos logísticos históricos da região.
A Vale lembrou ainda “da importância de seguir a sinalização, que está de acordo com a legislação de trânsito vigente”.
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