Os associados do Corinthians aprovaram neste sábado (9.ago.2025) o impeachment do presidente afastado do clube, Augusto Melo. A decisão foi tomada em assembleia-geral realizada no ginásio Wlamir Marques, no Parque São Jorge, zona leste de São Paulo. A votação teve 1.413 votos a favor e 620 contra.
A votação foi realizada das 9h às 17h e confirmou a remoção definitiva de Augusto Melo, que assumiu o cargo em janeiro de 2024 e foi afastado em maio de 2025 pelo Conselho Deliberativo. O dirigente é acusado de ilegalidades no contrato com a VaideBet e responde a processo judicial por furto, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Com a aprovação do impeachment, o presidente do conselho deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Jr. convocará novas eleições indiretas em até 30 dias para definir o presidente que completará o mandato até o final de 2026.
A votação dos sócios foi apenas para maiores de 18 anos, com no mínimo 5 anos de vínculo e mensalidades em dia. Aproximadamente 10.000 sócios estavam aptos a votar, mas a participação ficou bem aquém disso.
Entenda o caso
No dia 26 de maio, o Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou, por maioria, o afastamento cautelar de Augusto Melo da presidência do clube. O vice Osmar Stábile assumiu interinamente em seu lugar.
A decisão atendeu a um pedido de destituição protocolado pelo grupo “Movimento Reconstrução SCCP”, que reuniu 86 assinaturas de conselheiros —em sua maioria opositores da atual gestão.
O requerimento foi fundamentado nas investigações que levaram Augusto Melo a se tornar réu por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro no caso envolvendo o contrato de patrocínio com a VaideBet.
No mesmo processo, também respondem o ex-superintendente de marketing, Sérgio Moura; o ex-diretor administrativo, Marcelo Mariano; e Alex Fernando André, o “Alex Cassundé”, apontado como intermediário do acordo com a casa de apostas.
Augusto Melo nega ilegalidades. Em entrevista o Poder360 em junho, o dirigente afirmou ser vítima de um complô e chamou os adversários de “ditadores”.