- Beber de uma a três xícaras de café preto por dia está associado a um risco 14-17 por cento menor de morte por todas as causas, incluindo doenças cardiovasculares, de acordo com um estudo da Universidade Tufts.
- Os benefícios diminuem com excesso de açúcar ou creme; café levemente adocicado ou com pouca adição de laticínios ainda ajuda, mas bebidas açucaradas (por exemplo, lattes) anulam as vantagens.
- Os antioxidantes do café (por exemplo, ácido clorogênico) melhoram a função dos vasos sanguíneos, o metabolismo e a saúde intestinal, enquanto o açúcar e a gordura promovem inflamação e resistência à insulina.
- Os benefícios atingem o pico com uma a três xícaras; o consumo excessivo prejudica os benefícios cardiovasculares. O descafeinado não apresentou impacto significativo, possivelmente devido à escassez de dados.
- Antes visto como prejudicial, o café agora é reconhecido como protetor contra doenças como diabetes e Parkinson quando consumido puro e com moderação.
Para milhões de americanos, o café é mais do que um ritual matinal; é uma tábua de salvação. Agora, novas pesquisas sugerem que o café preto também pode ser a chave para uma vida mais longa. Um estudo inovador da Universidade Tufts descobriu que beber de uma a três xícaras de café preto por dia está associado à redução do risco de morte por todas as causas, incluindo doenças cardiovasculares. Mas há um porém: adicionar muito açúcar ou creme pode anular completamente esses benefícios.
O estudo, publicado no The Journal of Nutrition, analisou dados de 46.000 adultos americanos ao longo de quase duas décadas. As descobertas fornecem algumas das evidências mais fortes até o momento de que o café – quando consumido em sua forma mais pura – pode ser uma ferramenta simples, porém poderosa, para a longevidade.
A ciência por trás dos benefícios do café para a longevidade
Pesquisadores da Escola Friedman de Ciência e Política Nutricional da Universidade Tufts descobriram que beber de uma a duas xícaras de café preto por dia estava associado a um risco 14% menor de morte por qualquer causa, em comparação com a abstinência total de café. Aqueles que beberam até três xícaras apresentaram uma redução ainda maior — risco de mortalidade 17% menor.
O fator-chave? Manter os aditivos no mínimo. Café com baixos níveis de açúcar (menos de meia colher de chá por xícara) e pouca gordura saturada (como um pouco de leite) ainda apresentou benefícios. Mas bebidas de café muito adoçadas ou cremosas — como lattes de caramelo ou cafés gelados açucarados — não apresentaram essa vantagem.
Os grãos de café contêm compostos bioativos, incluindo cafeína e ácido clorogênico, que possuem efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. Esses compostos podem melhorar a função dos vasos sanguíneos, acelerar o metabolismo e até mesmo contribuir para a saúde intestinal. No entanto, o excesso de açúcar e gordura saturada pode neutralizar esses benefícios, promovendo inflamação, resistência à insulina e ganho de peso — todos fatores associados a doenças crônicas.
O estudo também observou que pessoas que tomavam café preto tendiam a ter hábitos gerais mais saudáveis, como menores taxas de tabagismo e maiores níveis de atividade física. Isso sugere que quem toma café preto pode simplesmente fazer escolhas de estilo de vida melhores — mas os benefícios biológicos diretos do café em si ainda são significativos.
Embora o consumo moderado de café (de uma a três xícaras por dia) tenha apresentado vantagens claras, o estudo constatou retornos decrescentes após três xícaras. De fato, os benefícios cardiovasculares diminuíram para aqueles que bebiam mais de três xícaras por dia.
Além disso, o café descafeinado não apresentou redução significativa na mortalidade, possivelmente porque poucos participantes o consumiram para que conclusões definitivas fossem tiradas. O estudo se baseou em dados alimentares autorrelatados, que podem ser pouco confiáveis, mas o grande tamanho da amostra e o monitoramento de longo prazo conferem credibilidade aos resultados.
A reputação instável do café
Durante décadas, o café foi visto com desconfiança — associado a palpitações cardíacas, pressão alta e até câncer. Mas, nos últimos 20 anos, uma onda de pesquisas reabilitou a reputação do café, mostrando que o consumo moderado não é apenas seguro, mas também potencialmente protetor contra doenças como diabetes, Parkinson e problemas hepáticos.
Este estudo mais recente complementa esse conjunto de evidências, ao mesmo tempo em que introduz uma ressalva crucial: a maneira como você toma seu café importa. Em uma era de bebidas de café grandes e carregadas de açúcar, as descobertas servem como um lembrete de que a simplicidade pode ser a escolha mais saudável.
De acordo com Scott Keatley, da Keatley Medical Nutrition Therapy, ter o hábito de tomar café preto pode ser bom para sua saúde.
“O café, quando tomado puro, contribui para a saúde metabólica sem adicionar peso à dieta”, disse ele. “É uma das raras ferramentas dietéticas que podem atuar em vários sistemas ao mesmo tempo, cérebro, intestino, coração, sem exigir receita médica.”
O café, uma das bebidas mais apreciadas do mundo, pode oferecer mais do que apenas um impulso de cafeína — ele pode ajudar a adicionar anos à sua vida. Mas, como acontece com muitas coisas na nutrição, a moderação e a simplicidade prevalecem. Esqueça o açúcar, evite o creme e saboreie aquele café preto com a certeza de que ele pode estar fazendo bem ao seu corpo.
Por enquanto, a ciência confirma o que os puristas do café acreditam há muito tempo: às vezes, as melhores coisas da vida são realmente pretas e amargas.
Fonte: https://www.newstarget.com/2025-07-31-black-coffee-may-add-years-to-life.html
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