Chefe do PCC condenado reage a cerco, atira e é morto pela polícia

Um dos criminosos mais procurados do Brasil, Luken Cesar Burghi Augusto, apontado como um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi morto na noite de sábado, 9 de agosto, durante um intenso confronto armado com policiais da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), no município de Praia Grande (SP). A informação foi confirmada pelo secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, em vídeo publicado na rede social X.

Luken, foragido da Justiça e condenado a 46 anos e 11 meses de prisão, acumulava um histórico pesado no crime organizado. Ele teve participação direta no mega-assalto à empresa de transporte de valores Protege, ocorrido em 2017, na cidade de Araçatuba (SP) — ação que marcou pela violência e ousadia, características do PCC.

Segundo Derrite, o criminoso optou pelo confronto, abrindo fogo contra os policiais:

“Infelizmente, o indivíduo optou pelo confronto, atirou nos policiais e não restou outra alternativa a não ser a neutralização”, afirmou o secretário.

A troca de tiros ocorreu na Avenida Dom Pedro II, no bairro Ocian. No momento da ação, outro integrante do PCC, identificado como Gabriel, com mandado de prisão em aberto, pegou a arma de Luken e fugiu. No entanto, equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) conseguiram interceptá-lo, recuperar a arma e efetuar a prisão.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, em nota, que foram apreendidos uma pistola calibre 9 milímetros, munições, documentos suspeitos de falsificação e estojos de munição. As imagens das câmeras corporais dos policiais foram preservadas e serão analisadas. Perícia e exames residuográficos já foram solicitados. Nenhum policial ficou ferido na ação.

A morte de Luken representa uma baixa significativa para o PCC, organização criminosa que, nas últimas duas décadas, expandiu seu alcance muito além dos presídios paulistas, estabelecendo redes em outros estados e até no exterior. Considerado um dos braços estratégicos da facção, Luken comandava operações que movimentavam bilhões de reais em atividades ilícitas, como tráfico internacional de drogas, roubos milionários e lavagem de dinheiro.

Sua eliminação enfraquece a cadeia de comando, mas não significa o fim das ações do PCC, uma estrutura que opera com alta capilaridade e planejamento empresarial no submundo do crime.Esse episódio reforça como o enfrentamento ao crime organizado no Brasil exige operações rápidas, inteligência policial e constante cooperação entre forças de segurança, já que o PCC mantém conexões que atravessam fronteiras e influenciam até o narcotráfico global.

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