Com a contagem regressiva marcando 90 dias para a COP30, os olhos do mundo se voltam para Belém, que espera receber cerca de 50 mil visitantes para a maior conferência climática da Amazônia. A série especial “Partiu, Belém”, do Estado do Pará Online (EPOL), investigou a fundo a situação dos três principais terminais de chegada à capital, revelando um cenário de contrastes, onde modernizações urgentes convivem com problemas crônicos não resolvidos.
Terminal Rodoviário: promessas não cumpridas e estrutura decadente
O Terminal Rodoviário de Belém, principal porta de entrada terrestre para a cidade, se mantém como um dos pontos mais críticos nos preparativos para a COP30. Administrado pela Sinart, o terminal construído em 1970 acumula décadas de problemas como banheiros pagos, elevadores quebrados, falta de rampas de acessibilidade e estrutura térmica precária. O mais alarmante: um plano de reforma completo anunciado em 2015, que prometia escadas rolantes e modernização geral até 2016, nunca saiu do papel.
Com a COP30 se aproximando, a empresa gestora se recusou a responder aos questionamentos do EPOL sobre possíveis obras emergenciais, deixando dúvidas sobre como receberá o fluxo extra de visitantes vindos por terra. Confira a reportagem completa aqui.
Aeroporto Internacional: R$450 milhões em obras e ampliação
Em processo de transformação, o Aeroporto Internacional Júlio Cezar Ribeiro recebe pesados investimentos de R$450 milhões que incluem ampliação do terminal, nova praça de alimentação e modernização completa dos sistemas operacionais. Porém, enquanto duas novas salas VIP de alto padrão (uma já inaugurada) oferecem duchas privativas e serviço premium, passageiros comuns reclamam da manutenção precária de áreas públicas, falta de fraldários e atendimento desigual.
A concessionária NOA garante que todas as obras estarão concluídas antes da COP30, quando o aeroporto deverá operar 23% mais voos domésticos e 40% mais voos internacionais, mas a população questiona quando os benefícios chegarão a todos os usuários. Acesse a reportagem por meio deste link.
Hidroviários: entre a revitalização e o atraso nas novas obras
O sistema hidroviário de Belém se prepara para seu momento de maior visibilidade global. O tradicional Terminal Hidroviário Luiz Rebelo Neto passa por obras de revitalização para receber o aumento de passageiros, enquanto o novo Terminal Hidroviário Internacional no Reduto, que deveria ser um dos grandes legados da COP30, enfrenta atrasos em sua conclusão.
O espaço, que receberá navios-hotel durante o evento e depois servirá como polo de turismo fluvial, apresenta tecnologias sustentáveis como captação de energia solar, mas a CPH (Companhia de Portos e Hidrovias) não informou quando estará totalmente pronto. Com previsão inicial de entrega para julho de 2025, o atraso preocupa, já que o terminal será crucial para acomodar parte da imprensa internacional e delegações estrangeiras. A reportagem completa pode ser acessada no link a seguir.
Enquanto o aeroporto avança em suas obras e o sistema hidroviário tenta correr contra o tempo, a rodoviária permanece como o grande ponto de atenção, e potencial constrangimento, para a cidade. A COP30 não será apenas um teste para as políticas climáticas, mas também para a capacidade de Belém em oferecer infraestrutura digna aos visitantes.
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