As discussões para a criação do modelo brasileiro de fair play financeiro foram iniciadas nessa segunda-feira, 11, na sede da CBF no Rio de Janeiro. Ao todo, 34 clubes das Séries A e B – incluindo Remo e Paysandu – e 10 Federações estaduais – incluindo a Federação Paraense de Futebol – estão inseridas no Grupo de Trabalho que vai definir o regulamento de sustentabilidade financeira no futebol nacional.
O compromisso em tornar “mais acessível” a disputa no mercado da bola brasileiro foi uma das promessas do presidente Samir Xaud enquanto candidato à presidência da CBF. E a liderança do Grupo de Trabalho é do paraense Ricardo Gluck Paul, atual vice-presidente da CBF e presidente da FPF.
É um evento histórico para a CBF. Primeiro por enfrentar o tema com coragem, pois a necessidade de controle de gastos é urgente. A CBF se apresenta com um compromisso com o diálogo amplo e inédito no sentido de colocar federações e clubes, e os outros entes da discussão numa mesma mesa de trabalho. Como ex-presidente de clube e presidente de federação posso afirmar que é algo histórico”, disse Ricardo em entrevista ao site da CBF.
A partir de agora, o Grupo de Trabalho terá 90 dias para concluir as discussões e definir o modelo de fair play financeiro no futebol brasileiro. A ideia, segundo revelado por Ricardo Gluck Paul, é ter as regras de sustentabilidade financeira em execução a partir de 2026. Além disso, o projeto final deve ser apresentado no dia 26 de novembro, quando acontece o CBF Summit.
Temos 90 dias para entregar o projeto final. Já começa em 2026, mas com responsabilidade. Haverá ondas de implementação para chegar à plenitude do programa. Não queremos implementar de uma vez só. Temos senso de urgência, mas também senso de responsabilidade”, destacou.
Presidente do Palmeiras, clube que movimenta milhões em transferências a cada temporada, Leila Pereira ressaltou a importância em abrir as discussões sobre o tema e celebrou a adesão em massa de clubes e federações para contribuir com o novo momento do futebol nacional.
A adesão que vermos hoje demonstra a urgência do tema e a credibilidade do presidente Samir Xaud, que quando foi eleito se comprometeu a estudar o tema e colocar em prática um modelo de solução. Não dá para pensar em uma Liga, por exemplo, sem resolver este tema. O fair play financeiro pode tornar nosso futebol mais igualitário”, disse.
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O post CBF inicia discussões sobre fair play financeiro e Gluck Paul destaca avanço: “Algo histórico” apareceu primeiro em Estado do Pará Online.