Empresários a beira de um ataque de nervos com governo Lula

A diplomacia no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o espelho do Partido dos Trabalhadores. Com um chanceler decorativo, Mauro Vieira, e um de fato, Celso Amorim, não conseguem ser ouvidos pelo causador do maior distúrbio das relações Brasil-EUA, por culpa do presidente brasileiro, que não quer ser humilhado. Enquanto isso, o desespero se estabelece nas grandes empresas, que são obrigadas a adotar medidas emergenciais, como férias coletivas, e a dolorosa ordem para parar a produção de suas máquinas, a espera de um prometido “pacote de ajuda”, que nunca sai do papel.

Incompetência velha e conhecida
Não que a demora seja alguma novidade no Brasil, quando o governo da hora é do PT. A lentidão, incapacidade de formulação, aliada as ordens do supremo timoneiro Lula da Silva, que declarou que só ligará para Donald Trump quando sua intuição indicar, é um retrato finalizado do escárnio aos brasileiros, em especial aos empresários, obrigados a aturar um homem despreparado em todos os requisitos para o cargo.

Qual a solução?
Esperar as promessas do governo Lula de um pacote de ajuda, nessas alturas da gravidade da situação, é arriscar a existência da empresa, indústria, propriedade rural e por vai. O que se fala agora entre os empresários, é a busca de um outro caminho. Nas reuniões fechadas das Federações da Indústria, do Comércio e dos Serviços, será a composição de comitivas por setor, fazer as malas e buscar suas contra-partes nos Estados Unidos, e deixar Lula, Alckmin e Haddad, brincando de salvadores da pátria com interlocutores imaginários.
É a situação mais grave em 200 anos de relações Brasil-EUA.

Reunião não define nada
O jeito PT de governar encerra reuniões com dúvidas, impasses, adiamentos. O presidente Lula não gostou da solução apresentada por ministros do núcleo duro do governo na segunda-feira (11), para discutir o plano de contingência que mitiga os impactos do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Quem quiser que espere
O Executivo segue discutindo as medidas para socorrer as empresas brasileiras afetadas pela taxação de 50%, que passou a vigorar na última quarta-feira (6), mas foi anunciada em verso em prosa por Trump há mais de um mês.
O bate-cabeça do alto escalão de Lula está encurralado, não apresenta solução, não indica prazo.

Defesa em risco
Sem conhecimento do distinto público, uma outra situação paralela à crise Brasil-EUA, coloca em risco a segurança nacional do Brasil.
Compras importantes da área de Defesa para o Brasil, com a aquisição de helicópteros para operar na Amazônia e mísseis antiblindado Javelin, estão sob ameaça com a escalada das tensões entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente republicano dos Estados Unidos, Donald Trump.

Alinhamento irrita ainda mais EUA e entra no foco da União Europeia
Donald Trump estaria furioso com o alinhamento da gestão petista com Rússia e China. Além disso, pode haver prejuízo para projetos estratégicos das Forças Armadas, como a construção de submarinos em parceria com França e caças com tecnologia da Suécia.

Otan de olho
“O conjunto da obra diplomática brasileira atual, especialmente a presença de Lula ao lado de Putin, lança dúvidas sobre o compromisso do Brasil com os interesses ocidentais. Isso inevitavelmente impacta a confiança em acordos militares, principalmente em países membros ou próximos da OTAN”, afirma Marcelo Almeida, especialista em segurança e defesa.

Situação atual do Brasil
O Brasil mantém relações diplomáticas regulares com membros da OTAN e participa de cooperação em fóruns multilaterais, mas não possui um acordo formal de parceria com a organização.

Ponto importante
Desde 2019, o Brasil tem o status de “Major Non‑NATO Ally” (Aliado Importante Extra‑OTAN) dos Estados Unidos. Esse é um status bilateral concedido pelos EUA que facilita cooperação em defesa (pesquisa, treinamento e acesso a certos equipamentos), mas:
não é vínculo com a OTAN,
não cria obrigação de defesa mútua,
não equivale a associação ou parceria formal com a OTAN.

Afronta
Os riscos à defesa também reverberam no meio político. “Os Estados Unidos têm muito mais poderio bélico que nós, temos as Forças Armadas sucateadas neste momento e o governo Lula mantém sua postura de afronta aos Estados Unidos. Se aliando a russos e chineses, coloca projetos e a própria Defesa em alerta e em perigo”, reforça a ex-deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP), que foi afastada do cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) numa das últimas jabuticabas criadas com mudança de entendimento da sobra de votos eleitorais. Ela perdeu o cargo com mais seis deputados.

Val-André Mutran é repórter especial para o Portal Ver-o-Fato e está sediado em Brasília.
 
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