A inflação do Brasil ficou em 5,23% em julho no acumulado de 12 meses, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta 3ª feira (12.ago.2025).
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação oficial, recuou 0,09 ponto percentual em relação aos 5,35% registrados em junho. É o 8º mês seguido fora do intervalo de 1,5% a 4,5% permitido pela meta contínua de inflação.
Na base mensal, houve alta de 0,26% em julho. Havia sido de 0,24% em junho. O resultado foi abaixo das projeções do mercado, que esperavam uma taxa próxima de 0,37%.
No acumulado de 2025, a inflação está em 3,26%.
INFLAÇÃO EM JULHO
A variação de julho foi influenciada por 6 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE. O destaque foi o grupo Habitação, que avançou 0,91% e contribuiu com 0,14 p.p. para o IPCA do mês.
Já o grupo Alimentação e bebidas apresentou variação negativa (-0,27%) na passagem de junho para julho, assim como os grupos Vestuário (-0,54%) e Comunicação (-0,09%).
META DE INFLAÇÃO
O CMN (Conselho Monetário Nacional) estabeleceu meta contínua de inflação de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Pela regra em vigor desde 2025, considera-se descumprimento se a taxa anualizada ficar fora do intervalo por 6 meses consecutivos. Caso isso ocorra, o Banco Central precisa publicar uma carta explicando as razões e as medidas para reconduzir a inflação à meta.
TAXA SELIC
O Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a Selic em 15% ao ano na última reunião (30.jul.2025). O movimento já havia sido sinalizado pelos integrantes do Copom (Comitê de Política Monetária) na reunião anterior do colegiado, em junho. Agentes financeiros também já esperavam a manutenção do juro-base. Eis a íntegra (PDF – 31 kB) do comunicado.