A 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, marcada para os dias 16 a 22 de agosto, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, terá a sustentabilidade como eixo central. O evento, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), não apenas discutirá o tema na programação, mas também aplicará conceitos de baixo impacto ambiental na montagem e na cenografia.
O diretor de projetos da Secult, Rodolfo Castro, explicou que o planejamento buscou inserir a responsabilidade ambiental em todas as etapas. “A cenografia foi pensada para minimizar os impactos ambientais, com estruturas modulares que poderão ser reutilizadas em outros eventos, redução do uso de materiais descartáveis e priorização de insumos de origem local para diminuir a pegada de carbono”, destacou.
Entre as soluções adotadas, estão o reaproveitamento de tecidos, móveis e elementos de edições anteriores, além da substituição de lonas por malhas mais resistentes. Uma das inovações é o uso de contentores IBC transformados em cubos iluminados por LED, com grafismos inspirados nas culturas tapajônica e marajoara, homenageando Mestre Damasceno e Wanda Monteiro.
A escolha dos materiais priorizou o reaproveitamento integral e a durabilidade. Segundo Castro, estruturas vazadas e modulares facilitam a desmontagem e aumentam a vida útil, enquanto o aproveitamento da luz natural ajuda a reduzir o consumo de energia. “A decoração une estética e responsabilidade ambiental, incorporando elementos recicláveis e mantendo as referências culturais amazônicas”, completou.
Para o público, a proposta também é educativa. “A ideia é mostrar que é possível criar um evento grandioso e bonito sem abrir mão da consciência ambiental. Queremos que cada visitante perceba que escolhas mais sustentáveis são viáveis e necessárias”, afirmou o diretor da Secult.
Além da cenografia, a programação contará com o “Vozes do Clima – COP 30”, no dia 17 de agosto, reunindo autores, lideranças e especialistas para debater mudanças climáticas, preservação da Amazônia e os preparativos de Belém para a conferência mundial. Entre os temas das rodas de conversa estão racismo ambiental, saberes tradicionais e sustentabilidade. A entrada é gratuita.
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