Oito centenas de soldados e 500 agentes federais foram mobilizados sob o lema “tornar DC segura outra vez”; presença militar já é visível nas ruas da capital
Por Sandra Venancio – Jornal Local – Foto da Guarda Nacional dos EUA por Mike Vrabel/Fotos Públicas
A capital dos Estados Unidos amanheceu sob vigilância reforçada. Militares da Guarda Nacional destacados por ordem do presidente Donald Trump começaram a ocupar as ruas de Washington DC nesta terça-feira (12), no que a prefeita local classificou como um “impulso autoritário” do governo federal.
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No total, serão 800 soldados da Guarda Nacional e 500 agentes federais mobilizados para um período de emergência de 30 dias. A medida foi anunciada por Trump na segunda-feira (11) com o slogan “tornar DC segura outra vez”, justificando a decisão por um suposto aumento da criminalidade na capital norte-americana.
“Vou tornar a nossa capital mais segura e mais bonita. Os sem-teto têm de sair imediatamente. Vamos dar acomodação para ficarem, mas longe da capital. Os criminosos não precisam se mudar. Vamos colocá-los todos na cadeia, onde pertencem”, declarou o presidente, acrescentando que age contra o que considera “crime, selvajaria, sujidade” e “mortes impiedosas de pessoas inocentes”.
Ao final desta terça-feira, veículos blindados e tropas já eram vistos em áreas centrais e pontos turísticos de Washington DC. O restante das forças deve chegar nos próximos dias, consolidando a operação.
A prefeita, no entanto, criticou duramente a decisão, afirmando que o envio das tropas não foi solicitado e que representa uma escalada de poder sem diálogo com a administração local. Organizações de direitos civis também alertam que a presença militar em áreas urbanas pode tensionar ainda mais o clima político e social na capital.
A medida reacende o debate sobre os limites da autoridade federal sobre as cidades e a utilização de forças militares em questões de segurança pública doméstica — um tema que promete gerar embates intensos nas próximas semanas.