Em Entrevista, Vereador Tito Comenta Sobre Reintegração de Posse na PMP e Reivindicações do MST


Dois dias de tensão em Parauapebas

Parauapebas viveu dois dias de tensão marcados por protestos, denúncias de agressões e negociações políticas. A ocupação da sede administrativa da Prefeitura pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), iniciada na manhã de terça-feira (12/08), terminou nesta quarta-feira (13/08) após determinação judicial cumprida pela Tropa de Choque da Polícia Militar, acompanhada pelo oficial de justiça.

Reintegração de posse

A reintegração ocorreu sem prorrogação de prazo e de forma gradual, com mulheres e crianças deixando o prédio primeiro, seguidas pelos demais manifestantes. Além da Tropa de Choque da Polícia Militar do Pará, a ação contou com apoio da Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros e demais autoridades de Parauapebas.

Protestos continuam

Apesar da desocupação, parte do grupo segue acampada na Praça dos Pioneiros, a poucas quadras da prefeitura, enquanto outro bloqueio foi mantido em um trecho da estrada próximo ao acampamento Terra Liberdade, na Palmares II, impedindo o acesso ao britador da mineradora Ligga. Equipes da PM, incluindo o Batalhão de Choque, negociaram o fim da interdição desde a noite de quarta-feira (13).

Em Entrevista com Vereador Tito do MST: Negociações e reivindicações

Em entrevista à equipe de reportagem da Rádio Arara Azul FM, da Unidade Móvel, para o programa Alerta 96, com o repórter Laércio de Castro e o vídeo repórter Henrique Gonzaga, o vereador Tito (MST) afirmou, primeiramente, que a mobilização buscava abrir uma mesa de diálogo com a gestão municipal, visando a construção e funcionamento de duas escolas: uma no assentamento Terra Liberdade e outra no bairro Palmares, sendo que ambas já contam com recursos garantidos pela mineradora Vale.

Além disso, segundo ele, a infraestrutura no Terra Liberdade foi erguida pelos próprios acampados, mas ainda falta a contratação de professores e pessoal de apoio.

Negociações e Pendências Fundiárias

Tito destacou que, para avançar, inicialmente conversou com vereadores e, em seguida, com representantes da Vale, com o objetivo de viabilizar as obras e, ao mesmo tempo, resolver pendências fundiárias junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Segundo ele, a solução depende de “vontade política”, já que as crianças estão matriculadas em um anexo escolar e o município recebe repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Disposição para Diálogo

Por fim, o vereador afirmou que buscou evitar conflitos e que o MST permanece disposto a negociar: “Nós queremos paz, queremos trabalhar, queremos escola. Portanto, a mesa de diálogo está aberta”.

Situação indefinida

Enquanto as negociações avançam, os desdobramentos judiciais e as investigações das ocorrências registradas seguem em andamento, e o impasse entre MST, prefeitura e mineradora permanece sem solução definitiva.

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