Presidente brasileiro enviou carta ao líder norte-americano para comparecer à conferência climática em novembro; Lula promete que será “a COP da verdade”
Por Sandra Venancio – Jornal Local – Foto Ricardo Stuckert8/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (13) que enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convidando-o a participar da COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA). Segundo Lula, o encontro será “a COP da verdade” e terá como foco cobrar dos líderes mundiais compromissos concretos contra a crise climática.
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A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas reunirá representantes de quase 200 países para discutir medidas de redução das emissões de gases de efeito estufa e adaptação aos impactos do aquecimento global.
Para Lula, a edição sediada no Brasil será um marco de cobrança: “A COP 30 vai ser a COP do que nós queremos cobrar dos governantes do mundo, se eles acreditam ou não no que os cientistas falam de que o mundo está passando por gravíssimos problemas. Eles vão ter que dizer se acreditam ou não que precisamos tomar muitas providências para evitar que o planeta tenha aquecimento acima de 1,5°C.”
O presidente ressaltou que as decisões tomadas na COP30 deverão estar alinhadas às recomendações científicas e que os governantes presentes terão de se posicionar publicamente sobre a urgência da agenda climática.
O convite a Trump reforça a tentativa do governo brasileiro de atrair lideranças globais de diferentes espectros políticos para fortalecer o debate internacional sobre mudanças climáticas. Ainda não houve confirmação oficial da Casa Branca sobre a participação do norte-americano.
Diplomacia climática
O Brasil busca projetar liderança global no debate climático ao sediar a COP30. A presença de figuras políticas de peso, como Donald Trump, poderia ampliar o alcance midiático do evento e aumentar a pressão sobre países historicamente resistentes a compromissos climáticos mais rígidos. A estratégia diplomática de Lula combina aproximação com diferentes governos e o reposicionamento do Brasil como protagonista ambiental após anos de desgaste na pauta.