Ministro Padilha responde à sanção de Trump: ‘Não nos curvaremos a quem persegue a ciência’

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Fórum – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reagiu, nas redes sociais, ao cancelamento dos vistos para os Estados Unidos do secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde do Brasil, Mozart Júlio Tabosa Sales, e do diretor da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Alberto Kleiman, nesta quarta-feira (13).

Em postagem divulgada no X (ex-Twitter), o secretário de Estado Marco Rubio afirmou que o Departamento de Estado dos EUA, além de revogar os vistos, também vai adotar medidas de impor restrições de entrada a “vários funcionários do governo brasileiro” e a ex-integrantes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

A alegação é de que os alvos das sanções teriam sido “cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”, em referência à participação do país caribenho no programa Mais Médicos.

‘Saúde e soberania não se negociam’

“O Mais Médicos, assim como o PIX, sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja. O programa salva vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira”, disse Padilha, também em publicação divulgada no X.

“Não nos curvaremos a quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas das pessoas fundamentais para o Mais Médicos na minha primeira gestão como Ministro da Saúde, Mozart Sales e Alberto Kleiman”, publicou ainda o ministro, fazendo referência a medidas tomadas pelo governo dos EUA em seu país.

Padilha listou ainda realizações do programa. “Nesse Governo atual, em 2 anos, dobramos a quantidade de médicos no Mais Médicos. Temos muito orgulho de todo esse legado que leva atendimento médico para milhões de brasileiros que antes não tinham acesso à saúde. Seguiremos firmes em nossas posições: saúde e soberania não se negociam. Sempre estaremos do lado do povo brasileiro”, concluiu.

‘Nos EUA, saúde é negócio’

Outro ex-ministro da Saúde, o atual senador Humberto Costa (PT-PE), também falou sobre a sanção aplicada pelo governo estadunidense.

“O incômodo deles é óbvio: nos EUA, saúde não é direito, é negócio! Enquanto o Mais Médicos leva atendimento gratuito a milhões no Brasil, Trump persegue quem fez isso acontecer. Bolsonaro desmontou o programa, e agora seu aliado ataca quem ousa cuidar do nosso povo”, publicou em seu perfil no X.

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) se manifestou sobre o episódio, ressaltando o apoio de brasileiros que estão nos EUA trabalhando por sanções contra o Brasil.

“URGENTE! Trump ataca o Brasil mais uma vez: cancela vistos de brasileiros que ajudaram a criar o Mais Médicos, programa que levou 18 mil médicos a cidades sem atendimento e garantiu saúde a 60 milhões de pessoas. Com apoio de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, o ato é mais uma afronta à soberania e ao direito à saúde, concretizando a aliança Trump-bolsonarismo contra o Brasil”, publicou a parlamentar.

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