João Salame*, em seu blog “Coisas da Política” – o ex-deputado estadual, ex-prefeito de Marabá, atual secretário-geral do PSB no Pará e braço direito do prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel (investigado por corrupção) – expôs sua opnião que reacende a “fogueira das vaidades” entre os times de futebol paraenses.
É que o governador Helder Barbalho (MDB) anunciou nesta quarta-feira (13) um reforço de R$ 600 mil no patrocínio do Banpará ao Paysandu, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro. A medida permitirá ao clube bicolor quitar uma dívida com uma equipe de Portugal, valor que havia motivado a Fifa a impor um “transferban” ao time, impedindo novas contratações. Com a ajuda, o Papão poderá pagar a pendência e se livrar da punição.
Segundo o próprio governador, o total investido pelo banco estadual no Paysandu em 2025 chegará a R$ 5 milhões. Para João Salame, pelo equilíbrio político e histórico, o mesmo valor deve ser destinado ao Clube do Remo, o time do coração de Helder.
Enquanto isso, outros clubes paraenses, como Tuna Luso e Águia de Marabá — que recentemente encerraram suas campanhas na Série D — aguardam o repasse de apenas R$ 300 mil cada, valores também prometidos pelo Banpará, mas que ainda não foram pagos, lembra Salame.
Desigualdade no esporte
Para João Salame, o episódio evidencia um problema recorrente: a falta de política pública que reduza as desigualdades no futebol paraense.
“No campeonato paraense, a diferença de cotas entre grandes e pequenos é absurda, aumentando ainda mais a desigualdade e dificultando a competitividade, o que, em termos esportivos, acaba prejudicando inclusive Remo e Paysandu, que disputam um campeonato local contra times fracos e depois se veem diante de uma competição nacional contra times fortes.”, pontuou Salame.
Atrasos e dificuldades
Além da disparidade nos valores, Salame critica o atraso nos repasses, que atinge especialmente os times com menos recursos. “Além da enorme diferença de valor de cotas entre pequenos e grandes, ainda ocorre o atraso que agora se verifica, atingindo equipes que convivem com mais problemas para manter seus elencos. Como Tuna e Águia encerraram suas participações no Campeonato Brasileiro da Série D, estão com dificuldades para efetuar as rescisões com seus atletas em virtude do não repasse combinado pelo Banpará. Alô, governador!”, concluiu.
*João Salame foi responsável por articular a mudança no comando do PSB no Pará, tirando o partido das mãos de Cássio Andrade e colocando sob a liderança do prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel.
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