O Clube do Remo mostrou neste sábado (16), diante de uma Mangueirão lotado, um problema que a imensa torcida azulina já vem percebendo há várias rodadas: em casa, o time inicia os jogos sufocando os adversários, abre o placar, mas no segundo tempo desaba física e tecnicamente, permitindo o empate ou até mesmo a derrota. No 1 a 1 contra o Botafogo-SP, pela 22ª rodada da Série B, a cena se repetiu e terminou em vaias estrondosas ao apito final.
O início da partida foi todo do Leão Azul. Bem postado, agressivo e empurrado pela torcida, o time não deu espaços ao adversário e empilhou chances até abrir o placar. Aos 26 minutos, após cobrança de falta alçada na área, Caio Vinícius apareceu livre e completou de carrinho para as redes, escancarando a fragilidade defensiva do Botafogo, dono da zaga mais vazada da competição.
O 1 a 0 refletia a superioridade azulina diante de um adversário fraco e pouco criativo. Depois do gol, a chuva caiu sobre Belém e esfriou o ritmo do duelo. O Remo reduziu a intensidade, passou a administrar a vantagem e controlou o jogo até o intervalo, sem sustos.
O segundo tempo começou e Jeferson Nem veio para mostrar que a Pantera não estava morta. Logo aos 4 minutos, o atacante da equipe paulista recebeu na esquerda, passou como quis pela dupla de zaga Azulina e mandou uma “sapatada” de fora da área para marcar um golaço e empatar a partida
O gol desestabilizou os azulinos. O time até tentou responder com uma blitz desordenada, cercando a área paulista em busca do segundo gol, mas encontrou um Botafogo mais organizado e seguro, que neutralizou as investidas e apostou em contra-ataques isolados, principalmente com Léo Gamalho.
Com o passar do tempo, a queda física do Remo ficou evidente. O ímpeto inicial deu lugar ao cansaço, e a equipe já não tinha força para se impor. O adversário, satisfeito com o empate fora de casa, apenas administrou o resultado até o apito final.
O retrato da temporada
O empate deixou evidente um padrão que preocupa a torcida: um Remo dominante e intenso no primeiro tempo, mas que não sustenta o ritmo e sucumbe no segundo. O tempo ia passando e o cansaço do Remo ia sendo cada vez mais notório.
Os azulinos já não conseguiam se impor como antes, mesmo com cinco mudanças, e isso era tudo que a Pantera queria. Enquanto isso, o Botafogo, satisfeitíssimo com o resultado, apenas administrava a partida. Os paulistas só tinham uma jogada: mandar a bola para Léo Gamalho.
O reflexo desse desequilíbrio foi a frustração dos torcedores, que deixaram o Mangueirão vaiando a equipe.
Com o resultado, o Leão desperdiça mais uma chance de se aproximar do G4 e segue pressionado na Série B. O problema não é apenas técnico ou tático — a queda física e psicológica após levar um gol tem custado caro ao clube azulino nesta campanha.
RAIO X DA PARTIDA
Local: Mangueirão
Juiz: Bruno Pereira Vasconcelos (BA)
Auxiliares: Elicarlos Franco de Oliveira (BA) e Ledes José Coutinho Neto (BA)
Cartões amarelos: Caio Vinícius e Pedro Rocha (REM); Jeferson e Edson (BOT)
Gols: Caio Vinícius, aos 28, do primeiro tempo(REM); Jeferson Nem, aos 6 do segundo tempo (BOT)
Remo: Marcelo Rangel; Nathan, Reynaldo, Camutanga e Alan Rodríguez; Caio Vinícius (Régis), Jaderson e Marrony (PH); Nico Ferreira (Diego Hernandez), Matheus Davó e Pedro Rocha (Janderson). Técnicos: Diego Favarin, Vitor Couto e Fábio Miguel.
Botafogo-SP: Victor Souza; Jeferson (Wallison), Edson (Rafael Milhorin), Carlos Eduardo e Jhonatan Cafu (Gabriel Barros); Gabriel Bispo, Wesley Dias e Gabriel Risso; Marquinho (Leandro Maciel), Jeferson Nem e Léo Gamalho. Técnico: Allan Aal.
MELHORES MOMENTOS E GOLS:
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