O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que o fim das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros está condicionado a uma anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista à CNN, na última sexta-feira (25), o parlamentar afirmou que, “se o Brasil fizer o dever de casa, acaba a sanção no mesmo dia”.
Durante a conversa, Flávio sustentou que não cabe ao governo norte-americano rever as medidas, mas sim ao Congresso brasileiro, que, segundo ele, deve votar a anistia. O senador classificou as tarifas como uma retaliação política e afirmou que a realização de eleições com o ex-presidente nas urnas seria suficiente para encerrar a pressão internacional.
Na mesma entrevista, o parlamentar disse que comitivas de negociação formadas no Senado não resolverão o impasse. A posição coincide com a do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que avaliou a missão como “fadada ao fracasso” e defendeu a anistia como única saída. Ambos se alinham à carta enviada pelo presidente Donald Trump, que cobrou mudanças na condução dos processos judiciais contra Jair Bolsonaro.
Além da questão econômica, Flávio Bolsonaro voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal, cobrando do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que avance no pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Questionado sobre as eleições presidenciais de 2026, o senador evitou indicar se o pai terá sucessor político, mas disse ter certeza de que o presidente Lula (PT) não seguirá no cargo em 2027.
Em entrevistas anteriores, o parlamentar já havia reconhecido que o tarifaço tem dimensão política, associando a medida de Donald Trump à condução do governo brasileiro. Para a oposição, entretanto, a defesa da anistia representa um uso das tarifas como instrumento de pressão em benefício do ex-presidente, em detrimento do interesse nacional.
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