Problemas dentro de campo, com jogadores perdidos e sem alma, também revelam a nudez da gestão de Roger Aguillera, permeada de equívocos e más contratações
O Paysandu está literalmente implorando para cair de volta à Série C – algo que sua fanática torcida não admite -, mas que os fatos escancaram a cada rodada. O vexame deste domingo (17), contra a Chapecoense, em Chapecó, foi mais uma prova de um time sem alma, desorganizado, mal escalado e incapaz de competir em alto nível. O 2 a 0 foi pouco: se a Chape tivesse forçado o ritmo, a goleada teria sido inevitável. Nunca foi tão fácil vencer o Papão.
Os problemas não se restringem às quatro linhas. Fora de campo, a gestão de Roger Aguillera se notabiliza por erros em série: contratações de má qualidade, falta de planejamento e um elenco inchado de jogadores sem condições de vestir a camisa bicolor. O reflexo disso é uma campanha vergonhosa, que mantém o clube atolado na zona da degola.
Ainda restam 17 jogos. Dá para evitar o rebaixamento? Sim, mas só com mudanças radicais. O Paysandu precisa de imediata reestruturação: jogadores sem ritmo, apadrinhados da comissão técnica ou que não rendem devem sair. O clube precisa de peças experientes, que joguem sob pressão e estejam em forma.
O time entra em campo apático, resignado com a derrota. É preciso raça, intensidade e cobrança interna. Claudinei Oliveira mostra-se, nos últimos cinco jogos, com duas derrotas e três empates, incapaz de dar padrão de jogo. Ele começou bem, mas agora não consegue ter o time na mão. Algo estranho parece estar ocorrendo nos bastidores.
Chape dominou
No duelo dos opostos, a lógica prevaleceu na Arena Condá. A Chapecoense, que vive ótima fase, venceu com tranquilidade e sem precisar se desgastar. Walter Clar foi o nome do jogo, marcando os dois gols da vitória catarinense: o primeiro aos 19 do primeiro tempo, aproveitando cruzamento de Maílton, e o segundo aos 10 da etapa final, em chute potente após jogada de Giovanni Augusto.
Com a oitava partida de invencibilidade, a Chape chegou aos 37 pontos e subiu para o terceiro lugar. Já o Paysandu segue afundado no 19º posto, com apenas 21 pontos – situação crítica e que exige reação imediata.
O Paysandu até começou mostrando algum ímpeto, mas logo caiu na apatia habitual. Garcez perdeu a chance inicial, e em seguida a Chape assumiu o controle. Depois do primeiro gol, só não veio o empate porque Luan Freitas teve cabeceio salvo em cima da linha.
No segundo tempo, o Papão foi presa fácil. Walter Clar ampliou, e só não foi goleada porque os catarinenses reduziram o ritmo. As poucas chances criadas pelo Papão esbarraram em Rafael Santos, que entrou para segurar a vitória. Nem na bola parada o time bicolor mostrou competência. Um fiasco total.
Próximos jogos
Chapecoense: visita o Athletic-MG na sexta (22), às 19h, na Arena Sicredi. Paysandu: encara o Operário-PR, domingo (24), às 16h, na Curuzu, em um jogo que já tem caráter decisivo para as pretensões de permanência na Série B.
RAIO X DA PARTIDA
Local: Arena Condá – Chapecó (SC)
Público: 11.148 torcedores – R$ 306.025,00 de renda
Arbitragem: Léo Simão Holanda (CE), assistentes Joée Moracy de Sousa e Anderson da Silva Rodrigues; VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP)
Gols: Walter Clar – 19’ do 1º tempo e 10’ do 2º tempo
Cartões Amarelos: Chape – Bruno Leonardo, Léo Vieira, Victor Caetano; Paysandu – Ronaldo Henrique, Thiago Heleno
Chapecoense – Léo Vieira (Rafael Santos); Maílton (Gabriel Inocêncio), Bruno Leonardo (Victor Caetano), Eduardo Doma, João Paulo e Walter Clar; Bruno Matias, Rafael Carvalheira e Giovanni Augusto (Ítalo); Marcinho (Jorge Jiménez) e Neto Pessoa.Técnico: Gilmar Dal Pozzo
Paysandu – Gabriel Mesquita; Luan Freitas (Edílson Júnior), Thalisson Gabriel, Thiago Heleno e Reverson; Leandro Vilela (Ronaldo Henrique), Anderson Leite e Denner (Marcelinho); Marlon Douglas (Delvalle), Jorge Benítez (Diogo Oliveira) e Garcez.Técnico: Claudinei Oliveira
MELHORES MOMENTOS E GOLS
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