Quem visita a 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes percebe rapidamente uma cena curiosa: patinhos amarelos enfeitam cabelos, roupas e bolsas de visitantes. Conhecido como “pato literário”, o acessório se tornou febre entre crianças, jovens e adultos, transformando-se em símbolo espontâneo do evento.
Embora sua origem seja incerta, a moda começou em encontros literários internacionais e ganhou força nas redes sociais, especialmente no TikTok. No Brasil, já marcou presença em eventos como a Comic Con Experience (CCXP) e a Campus Party, chegando agora a Belém. Para muitos, o objeto funciona como lembrança afetiva e sinal de pertencimento dentro da feira.
A estudante Sâmia Paula, de 22 anos, contou que decidiu aderir por influência do ambiente. Já a visitante Valéria Cunha relatou que comprou o acessório junto com familiares, achando-o “fofo”. Expositores também comemoram o sucesso: “Todo mundo que vê alguém com um pato na cabeça quer também, aí a gente explica que é o pato literário e que ele chegou para ficar”, disse Denise Oliveira, da Space Book, You Go.
A feira reúne 189 estandes, incluindo 32 editoras, 40 livrarias e 48 distribuidoras, das quais 70 são do Pará. São cerca de 90 mil títulos disponíveis, com estimativa de movimentar R$ 12 milhões em vendas até o encerramento, no dia 22 de agosto. O evento ocupa 10 mil metros quadrados do Hangar e gera mais de 2 mil empregos diretos e indiretos.
Além dos estandes, o público encontra espaços voltados à produção cultural, como o Ponto do Autor, o Beco do Artista e a Feira Criativa. A entrada é gratuita, com funcionamento das 9h às 22h, sendo permitido o acesso até as 21h.
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