Advogado de Trump reage à decisão de Flávio Dino e afirma que a decisão do ministro de reagir as sanções vai contra a Casa Branca

Decisão do ministro do STF contra medidas estrangeiras gera reação de aliados de Trump e tensão diplomática

Crédito: Sandra Venancio – Foto Reprodução Redes Socias

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino anunciou nesta segunda-feira (18) que resoluções e sanções impostas por governos estrangeiros não têm efeito em território brasileiro, uma decisão que provocou forte reação no meio bolsonarista e entre aliados do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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A decisão de Dino tem como pano de fundo a ofensiva dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, por meio da Lei Magnitsky. Ao determinar que sanções externas não se aplicam no Brasil, Dino reforçou a soberania do país e blindou Moraes de pressões internacionais.

A reação estadunidense não se fez esperar. Martin De Luca, advogado de Trump, comparou a decisão brasileira a tentativas de Venezuela e China de resistir a sanções externas. “Ao tentar blindar Alexandre de Moraes, o ministro Dino está repetindo uma fórmula que já vimos em lugares como Venezuela e China e que fracassaram. Medidas que prometiam defender a soberania acabaram sufocando a economia e isolando o país”, declarou De Luca em entrevista à coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles.

O advogado ainda reiterou ameaças implícitas de seu patrão. “Essas iniciativas nunca impediram sanções e sempre criaram insegurança jurídica e afastaram investidores. O verdadeiro dano não é para Moraes, mas para o Brasil, que arrisca trilhar o mesmo caminho de fragilidade e desconfiança que quebrou a credibilidade de outras economias”, afirmou.

A decisão de Dino coloca o Brasil em rota de confronto diplomático com os Estados Unidos, enquanto reforça a independência da Justiça brasileira e provoca debates sobre soberania, segurança jurídica e o papel do país diante de pressões internacionais.