Tarcísio vê federação União-PP como estratégica para “pacificação”

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), marcou presença na convenção da União Progressista, federação entre União Brasil e PP, e reforçou críticas ao governo Lula, destacando a necessidade de debater reformas e crises nacionais.

A federação União Progressista foi formalizada na 3ª feira (19.ago.2025) em Brasília, durante convenção no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. União Brasil e PP passam a formar a maior bancada da Câmara, com 109 deputados, e a segunda no Senado, com 15 senadores.

Tarcísio, apesar de não integrar nenhum dos dois partidos, foi saudado pela sigla como um dos favoritos à Presidência em 2026. Em seu discurso, disse que é “o estrangeiro” da reunião.

Apesar disso, elogiou a iniciativa e disse que a federação representa um passo estratégico para os temas prioritários do país, que segundo ele são: “A reforma política, o envelhecimento da população, discutir o financiamento do Sistema Único de Saúde, discutir um processo de pacificação, de desescalada da crise, discutir as nossas crises fiscais”.

Recentemente, o governador participou de encontros com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em prisão domiciliar, e com outros líderes estaduais, como Ibaneis Rocha (MDB-DF), Jorginho Mello (PL-SC) e Ronaldo Caiado (União-GO) –também presentes na convenção.

Enquanto Tarcísio manteve um tom mais ameno, Caiado e Ibaneis defenderam publicamente o rompimento da federação com o Lula.

O governador do Distrito Federal criticou o cenário, afirmando que o Brasil “não vive em uma plena democracia” e disse que “interferências do Judiciário” comprometem o funcionamento do regime político.

Caiado disse que a federação deve assumir “posição clara” e defendeu que a única saída é derrotar o PT nas eleições de 2026.

Já Mello chegou a pedir aplausos a Bolsonaro, que não participou do evento por cumprir prisão domiciliar.

O evento consolidou a União Progressista como força expressiva nos estados e municípios: são 12.398 vereadores, 1.335 prefeitos, 186 deputados estaduais, seis governadores e quatro vice-governadores.

A federação terá duração mínima de quatro anos e será válida para as eleições de 2026 e 2028, com votos somados para Câmara, assembleias legislativas e campanhas estaduais.