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Alfredo Gaspar, relator da CPI do INSS, é alinhado ao bolsonarismo

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O deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) foi nomeado relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) depois de um revés sofrido pelo governo nesta 4ª feira (20.ago.2025). Ricardo Ayres (Republicanos-TO) havia sido indicado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para a relatoria, mas depois de a oposição emplacar o senador Carlos Viana (Podemos-MG) no lugar de Omar Aziz (PSD-MA) para presidir a comissão, Gaspar foi nomeado.

O deputado já saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) diversas vezes. É crítico do governo e do STF (Supremo Tribunal Federal). Participou da ocupação da Casa Baixa e faz publicações em seus perfis nas redes sociais em apoio ao ex-presidente com frequência.

Em 18 de julho, Gaspar saiu em defesa do ex-presidente quando o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes mandou que Bolsonaro usasse tornozeleira eletrônica como medida cautelar. Bolsonaro é réu em ação penal que investiga o núcleo central na tentativa de golpe de Estado em 2022.

“Ditadura escancarada! O script do sistema está sendo cumprido a risco. O STF escancarou de vez o abuso de autoridade e a vingança contra Bolsonaro. O mesmo tribunal que livrou os corruptos flagrados roubando bilhões da nação restringe a liberdade do maior líder político do país”, escreveu.

Em um post seguinte, declarou que as ações do Supremo demonstrariam uma “Ditadura escancarada”. Acrescentou que “o STF escancarou de vez o abuso de autoridade e a vingança contra Bolsonaro”, a quem se referiu como “o maior líder político do país”.

Semanas depois, em 6 de agosto, esteve na obstrução da Câmara, quando a oposição ocupou a Mesa diretora para que Motta pautasse o projeto de anistia aos presos e investigados do 8 de Janeiro e o fim do foro privilegiado. As medidas beneficiariam o ex-presidente.

Publicou, também, um vídeo durante o ato. Nele, afirmou que o movimento era por “respeito à Constituição” e que, junto com outros integrantes da oposição, formava a “última trincheira” na defesa do povo contra a “corrupção e o autoritarismo”.