Pesquisa Quaest mostra reação do governo e redução da diferença para rejeição
Por Sandra Venancio – Foto José Cruz/Agencia Brasil
A nova pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (20) indica que a ofensiva política contra o presidente Lula (PT) – marcada pelas articulações de Jair Bolsonaro nos bastidores e pelas declarações hostis de Donald Trump – não impediu a recuperação do governo na opinião pública. O levantamento mostra que a aprovação de Lula cresceu 5 pontos desde maio e chegou a 46%, enquanto a desaprovação caiu para 51%. A diferença entre os dois índices é a menor do ano.
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Os números da pesquisa
- Aprova: 46% (eram 43% em julho e 40% em maio)
- Desaprova: 51% (eram 53% em julho e 57% em maio)
- Não sabe/não respondeu: 3% (eram 4% em julho)
Virada no cenário político
O resultado é visto por analistas como um sopro de fôlego para o Planalto, que enfrenta uma guerra de narrativas. Enquanto Bolsonaro intensifica articulações com setores militares e conservadores, tentando minar a governabilidade, Trump tem atacado Lula em discursos, acusando-o de “aliar-se à Rússia e à China contra os EUA”.
A estratégia, no entanto, não tem surtido o efeito esperado: o levantamento mostra que a aprovação sobe justamente no período de maior desgaste internacional e de polarização política.
O que está por trás da resistência de Lula?
- Economia em recuperação – Queda da inflação, leve alta do emprego e reajustes sociais têm ajudado a recompor a base popular.
- Liderança internacional – Apesar dos ataques de Trump, Lula consolidou espaço em fóruns multilaterais, projetando o Brasil como mediador em conflitos.
- Bolsonaro acuado – O avanço das investigações sobre o financiamento de atos golpistas tem limitado a liberdade de ação do ex-presidente, enfraquecendo sua narrativa.
O cenário mostra que, mesmo sob ataque, Lula consegue reduzir a distância para a rejeição e se reposicionar politicamente.