A Justiça da Paraíba determinou o bloqueio de R$ 3,8 milhões do influenciador digital Hytalo Santos, preso preventivamente sob suspeita de exploração sexual infantil e tráfico humano. A decisão foi assinada na última sexta-feira (15) e também suspendeu o passaporte e a carteira de habilitação do influenciador, além de bloquear veículos registrados em seu nome.
A medida foi tomada após Hytalo descumprir um contrato de compra de uma casa de luxo em João Pessoa, no valor de R$ 12 milhões, firmado em março de 2024 com o empresário Roberto Morais. O acordo previa a aquisição no modelo “porteira fechada”, incluindo todos os móveis e eletrodomésticos, mas o influenciador não chegou a pagar nenhuma parcela.
Segundo a decisão, há “risco concreto de ocultação de patrimônio”, já que Hytalo não respondeu às notificações judiciais. O juiz José Herbert Luna destacou ainda as investigações criminais em andamento contra o influenciador, amplamente noticiadas na mídia e nas redes sociais.
O empresário cobra judicialmente os valores, que já ultrapassam R$ 3,8 milhões por conta de multas e taxas processuais. Morais afirmou que Hytalo é conhecido pelo comportamento “exibicionista” em relação à sua vida de luxo, citando episódios em que o influenciador distribuiu celulares, motocicletas e transferências via Pix a seguidores.
Hytalo Santos e o marido, Israel Nata Vicente, estão presos desde sexta-feira (15). Ambos são investigados pelo Ministério Público da Paraíba por tráfico humano e exploração sexual infantil — acusações que a defesa nega.
O caso ganhou repercussão após denúncia do influenciador Felca, que publicou um vídeo de 50 minutos no YouTube no dia 6 de agosto, já visto por mais de 46 milhões de pessoas. No conteúdo, ele reuniu relatos de abusos cometidos por influenciadores contra crianças e criticou como algoritmos de redes sociais facilitam a entrega de tais conteúdos a pedófilos.
Neste domingo (17), ex-funcionários de Hytalo relataram que o influenciador mantinha malas de dinheiro e joias em casa e tratava jovens como propriedade, decidindo até quando podiam se alimentar, dormir ou usar celular.
O processo judicial e as investigações criminais seguem em andamento, com forte repercussão nacional.
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