Foto: Comunicação MST
Após seis meses de espera por uma resposta do prefeito Aurélio Goiano (AVANTE), famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), que vivem no acampamento Terra e Liberdade, em Parauapebas, sudeste do Pará, decidiram intensificar a mobilização, com a “Jornada de Mobilização por Direitos e Contra os Privilégios”. O movimento, que está acampado na cidade há mais de uma semana, exige que o poder público cumpra seu papel, destinando os recursos e profissionais necessários para o funcionamento da escola na comunidade.
De acordo com Valbianne, dirigente do movimento, a escola existente foi construída com recursos e esforço próprios das famílias acampadas, que viram o direito à educação ser negado pelo município. Atualmente, a unidade educacional é mantida exclusivamente por trabalho voluntário, sem qualquer suporte da prefeitura.
“Iniciamos o diálogo com a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SMEED), a partir de fevereiro, mas não conseguimos nenhuma resposta positiva para essa pauta”, relatou a dirigente.
A unidade já opera como anexo da escola do assentamento vizinho Palmares, com matrículas regularizadas no censo escolar – o que significa que recursos federais destinados a essas 500 crianças efetivamente chegam a Parauapebas. “Pra onde está indo esse recurso que vem pelo MEC, sendo que não está tendo esse suporte? É dever do Estado cumprir com sua função”, questionou Valbianne.
Além do suporte à escola do acampamento, o movimento também cobra a efetiva doação, por parte da prefeitura, de uma escola de ensino médio no assentamento Palmares, outra demanda essencial para a população local.
A dirigente foi enfática ao declarar que a mobilização seguirá firme. “Não dá mais pra continuar nessa situação. Enquanto o governo do município não sentar para dialogar de verdade com as trabalhadoras e trabalhadores, vamos permanecer em luta. Esta jornada é em defesa do nosso direito de acesso à educação, saúde e toda a garantia de direitos”, finalizou, sinalizando que a pressão deve continuar até que as demandas sejam atendidas.
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