O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse na 3ª feira (19.ago.2025) que a situação atual com a China está “funcionando bem”, já que as duas maiores economias mundiais concordaram em prolongar a trégua tarifária.
Segundo a agência Reuters, Bessent declarou ao programa “The Ingraham Angle”, da Fox News, que “a China é atualmente a maior fonte de receita em termos tarifários”.
“Tivemos conversas muito boas com a China. Imagino que nós os veremos novamente antes de novembro”, disse o secretário do Tesouro americano.
No dia 11 de agosto, o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), anunciou a extensão da trégua tarifária com a China por mais 90 dias. A nova data agora é 9 de novembro.
Caso não houvesse nova prorrogação, as tarifas recíprocas impostas voltariam à casa dos 3 dígitos: 145% para produtos chineses e 125% para os produtos norte-americanos. Os números inviabilizariam o comércio.
No momento, as taxas norte-americanas a Pequim se mantêm em 30%, já considerando uma alíquota adicional de até 20% sobre produtos relacionados ao fentanil. A China mantém a retaliação de 10% sobre produtos norte-americanos.
Em 12 de maio, na Suíça, as delegações tinham chegado a um acordo para prorrogar as tarifas por 90 dias. As partes fizeram uma 2ª rodada de tratativas em Estocolmo, na Suécia, nos dias 28 e 29 de julho, para costurar uma prorrogação da trégua, sem sucesso inicial.
Trump também já disse que não pretende impor imediatamente tarifas à China por comprar petróleo russo. A declaração foi feita na 6ª feira (15.ago), depois de seu encontro com o presidente russo, Vladimir Putin (independente, esquerda), no Alasca. O presidente norte-americano indicou que poderá reavaliar essa possibilidade posteriormente, em “duas ou 3 semanas”.