Arrecadação sobe 10% em julho e soma R$ 254,2 bilhões

A arrecadação federal atingiu R$ 254,2 bilhões em julho de 2025, um crescimento nominal de 10% em relação ao mesmo mês de 2024. Em termos reais, já descontada a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a alta foi de 4,6%. Os dados foram divulgados nesta 5ª feira (21.ago.2025) pela Receita Federal.

No acumulado de janeiro a julho, a arrecadação somou R$ 1,68 trilhão, avanço de 9,8% em termos nominais e de 4,4% em termos reais frente ao mesmo período de 2024. Os dados são os melhores desde julho do ano passado e também no acumulado de 2025.

Principais destaques:

  • administradas pela Receita: R$ 239 bilhões em julho (5,8% reais);
  • receitas de outros órgãos: R$ 15,2 bilhões, queda de 11% em termos reais.
  • IRPJ e CSLL: R$ 59,5 bilhões no mês, alta de 8,4%; resultado  influenciado por recolhimentos atípicos de R$ 3 bilhões;
  • Previdência: R$ 58,3 bilhões (3,4%);
  • PIS/Cofins: R$ 49 bilhões (2,9%);
  • IRPF: R$ 6,2 bilhões (9,8%), puxado pelas quotas da declaração anual;
  • IRRF de residentes no exterior: avanço de 16,3%, para R$ 6,9 bilhões, com aumento em royalties, assistência técnica e juros sobre capital próprio.

Setores que mais contribuíram:

  • entidades financeiras (30,6%);
  • extração de minerais metálicos (29,0%);
  • educação (16,2%);
  • alojamento (262,9%);
  • jogos de azar e apostas: base arrecadatória saltou de R$ 8 milhões para R$ 928 milhões no mês.

O desempenho da arrecadação reflete fatores como a elevação da massa salarial nominal (10,6% em junho) e a alta das importações em dólares (3,3%). Por outro lado, indicadores de atividade mostraram retração, como a produção industrial (-2,2% em maio) e as vendas de bens (-3,0% no mesmo mês).