O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), disse nesta 5ª feira (21.ago.2025) não ter analisado o aumento no número de falências e recuperações judiciais registrado no 1º semestre de 2025. No entanto, o governo celebra recordes de emprego.
“Confesso que eu não avaliei as falências, as concordatas neste ano. Aqui pode acontecer várias coisas, pode ter desde incompetência, má gestão”, afirmou, durante entrevista ao programa Bom dia, Ministro, da EBC.
A declaração se dá em um momento de tensões comerciais, com empresas levando sua produção para fora do Brasil, como no caso da fabricante de armas Taurus.
Ainda assim, Marinho classificou o impacto no mercado de trabalho como “diminuto” e ponderou que os efeitos das tarifas ainda não são mensuráveis nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
A falta de uma análise aprofundada sobre o aumento de falências levanta dúvidas sobre a abrangência dos indicadores econômicos monitorados pelo governo.
A aparente desconexão entre a realidade empresarial e os números de emprego celebrados pode indicar uma visão parcial do cenário econômico do país.
Ao final da entrevista, o ministro prometeu investigar o assunto. A declaração de que vai “dar uma olhada no que está acontecendo” sinaliza que o governo ainda buscará entender as razões por trás da alta nos pedidos de falência, um indicador crucial para a sustentabilidade dos empregos a longo prazo.