Lula diz querer cuidar do brasil e que Trump não dê palpite aqui

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta 5ª feira (21.ago.2025), que quer cuidar do Brasil e que, por isso, Donald Trump (Partido Republicano) não deve dar palpite no país. Em discurso durante evento em Sorocaba (SP), o petista disse que soberania é cuidar do povo.

“A palavra correta não é governar, é cuidar. Eu quero cuidar desse país, por isso que o presidente americano não dê palpite aqui porque aqui cuidamos nós. Aqui cuidamos nós. E é por isso que muita gente fica implicando porque a gente cuida das pessoas que mais necessitam porque é assim na vida”, declarou.

Lula e seu governo seguem sem conseguir um contato direto com a Casa Branca enquanto as tarifas de 50% sobre parte dos produtos brasileiros exportados aos EUA estão em vigor.

No interior paulista, Lula só fez uma menção a Trump e indireta, sem citar seu nome, mas repetiu mais de uma vez que seu governo é diferente dos outros por dar mais atenção aos mais pobres e a quem mais precisa.

“Soberania é cuidar do povo, isso sim é soberania de um país. É por isso que nós não temos medo de ninguém gritar com a gente. Aliás, nós somos educados eu não grito com ninguém. E educação a gente não aprende na faculdade, a gente aprende no berço, dentro de casa. E dignidade a gente não compra no shopping”, disse.

Na declaração, o petista disse que há quem não goste que seu governo invista R$ 400 bilhões em inclusão social e que os banqueiros devem o considerar “babaca” por “gastar com pobres”.

“O rico não precisa de mim. Quando ele precisa é porque ele pega muito dinheiro emprestado, quem precisa de mim é o pobre”, disse.

Assista à cerimônia de entregas do PAC Saúde em Sorocaba (1h12min):

Visita a Sorocaba

Lula foi ao interior de São Paulo para entregar 400 unidades odontológicas móveis a 400 cidades. Segundo o governo, o custo é de R$ 153 milhões do Novo PAC Saúde. A expectativa é que 1,4 milhão de pessoas sejam beneficiadas.

O Nordeste é a região que mais vai receber veículos, com 207, depois vem o Norte (95) Sudeste (45), Centro-Oeste (32) e Sul (21). Até 2026, outras 400 unidades devem ser entregues.

O Planalto afirmou que as cidades contempladas foram escolhidas com base em critérios socioeconômicos, tamanho territorial e proporcionalidade. A ideia seria evitar a concentração de recursos e maximizar o atendimento.