A Polícia Federal (PF) revelou nesta quarta-feira (20) mensagens de WhatsApp em que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) xinga e ameaça o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O episódio ocorreu em junho, após o ex-chefe do Executivo afirmar, em entrevista, que o filho “não era tão maduro assim” para a política, ao comentar atritos entre Eduardo e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Irritado, Eduardo respondeu ao pai com palavrões e o chamou de “ingrato do caralho”. Ele ainda ameaçou retomar ataques a Tarcísio:
“Eu ia deixar de lado a história do Tarcísio, mas graças aos elogios que você fez a mim no Poder 360 estou pensando seriamente em dar mais uma porrada nele, para ver se você aprende. VTNC seu ingrato do caralho!”, escreveu.


Na mesma troca de mensagens, Eduardo também ameaçou abandonar articulações políticas junto a autoridades dos Estados Unidos, que, segundo a PF, tinham o objetivo de buscar retaliações externas para interferir no julgamento de Jair Bolsonaro.
No dia seguinte, em 16 de junho, o deputado recuou e enviou um pedido de desculpas, alegando ter “pegado pesado” e afirmando que estava “nervoso” quando escreveu os recados.
Nesta quarta-feira (20), a PF indiciou Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro sob acusação de coação no processo do golpe de Estado. A investigação aponta que pai e filho também buscaram articular apoio internacional para tentar abolir o Estado democrático de direito.
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