Barroso visita terras indígenas no Vale do Javari e promete apoio contra invasores e garimpo ilegal

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, esteve nesta sexta-feira (22) em duas terras indígenas na região do Vale do Javari, no Amazonas — as aldeias Txexe Wassa e Nova Geração, do povo Matis. A visita teve como objetivo ouvir reivindicações das lideranças locais sobre a proteção dos territórios e dos povos isolados.

Barroso esteve acompanhado do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin, da presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, além de magistrados do CNJ. Durante a passagem pela região, os ministros ouviram relatos sobre a presença de invasores, o avanço de fazendas e garimpo ilegal, além de preocupações com a estrutura da Funai.

A reunião foi conduzida por Buchi Matis, coordenador-geral da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), com a participação de caciques das aldeias Paraíso, Txexe Wassa e Nova Geração.

Barroso destacou que parte das reivindicações não é de competência direta do Judiciário, mas garantiu apoio institucional. “Viemos aqui para dizer que estamos do lado de vocês para proteger sua cultura, suas terras e defender contra invasores, garimpo e pesca ilegal. Nem sempre conseguimos atender a todas as demandas, mas o que estiver ao nosso alcance será feito”, afirmou.

Pela manhã, antes de seguir para a terra indígena, Barroso e Benjamin foram homenageados pelo 8º Batalhão de Infantaria de Selva, em Tabatinga. À tarde, a comitiva participou de uma reunião com representantes da Univaja na Câmara de Vereadores de Atalaia do Norte.

Após os compromissos no Amazonas, o grupo seguiu viagem para o Pará, onde o CNJ cumpriu agenda voltada ao combate à exploração de meninas e mulheres na região do Marajó.

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