As 20 maiores árvores registradas na Amazônia, todas da espécie angelim-vermelho, com alturas entre 70 e 88 metros, seguem ameaçadas por atividades ilegais, segundo nota técnica lançada nesta quinta-feira (22) pela campanha “Proteja as Árvores Gigantes”, organizada pelo instituto O Mundo Que Queremos em parceria com outras entidades. O documento foi encaminhado a órgãos ambientais estaduais e federais, cobrando medidas urgentes de fiscalização.
Criado em 2024, o Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia, em Almeirim (PA), deveria assegurar a preservação de exemplares centenários, alguns com até 600 anos, mas enfrenta fragilidades na gestão. O IDEFLOR-Bio mantém apenas um gestor responsável pelo parque e por outras três unidades, que somam cerca de 7 milhões de hectares, o que limita a capacidade de proteção.


No Amapá, a situação é considerada ainda mais grave. As sete árvores gigantes identificadas estão em áreas onde a exploração madeireira e o garimpo continuam presentes. A segunda maior árvore da Amazônia, com 85,44 metros, fica na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru, a apenas 1 km de um garimpo ilegal em atividade.

Pesquisadores destacam que essas árvores são arquivos naturais de informações climáticas e ecológicas e que muitas podem já ter sido derrubadas antes mesmo de serem conhecidas. Para os ambientalistas, a criação de unidades de conservação de proteção integral, acompanhada de fiscalização efetiva, é fundamental para evitar que o santuário das árvores gigantes desapareça.
O Estado do Pará On-line (EPOL) solicitou posicionamento ao Governo do Pará e ao IDEFLOR-Bio sobre as medidas de fiscalização e proteção do Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia e aguarda retorno.
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