Foto: Assessoria Marinor Brito.
Belém celebra nesta terça-feira, 26 de agosto, o Dia Municipal do Carimbó, criado em 2004 a partir de um projeto da então vereadora Marinor Brito e sancionado pelo prefeito Edmilson Rodrigues. A data marca o nascimento de Mestre Verequete, o “Rei do Carimbó”, ícone maior da cultura popular paraense.
Neste ano, porém, a festa ganha um tom de luto. Faleceu nesta manhã, aos 71 anos, Mestre Damasceno, um dos grandes nomes do carimbó no Marajó e referência incontornável da tradição em Salvaterra. Cantor, compositor e guardião da memória coletiva de sua comunidade, Damasceno deixa um legado de canções que atravessaram gerações e se tornaram parte do imaginário afetivo do povo paraense.
“O carimbó é resistência, identidade e alegria. Hoje celebramos essa cultura que tanto nos orgulha, mas também choramos a partida de Mestre Damasceno, que se junta a Mestre Verequete na eternidade do carimbó”, declarou Marinor Brito.
Ritmo que já sofreu repressão e chegou a ser proibido em Belém no século XIX, o carimbó é hoje símbolo de resistência cultural. Desde 2015, é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A celebração deste 26 de agosto, marcada pela despedida a um de seus mestres, reforça a importância de manter viva a tradição que dá identidade ao Pará e ao Brasil.
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