O Governo do Estado do Pará anunciou luto oficial de três dias a partir desta terça-feira (26) pela morte de Mestre Damasceno, aos 71 anos. Natural de Salvaterra, no arquipélago do Marajó, o artista era referência do carimbó, do Búfalo-Bumbá e da tradição cultural da região, tendo recebido a Ordem do Mérito Cultural e sido homenageado na 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes em 2025.
Damasceno enfrentava um câncer em estado de metástase no pulmão, fígado e rins e estava internado desde 22 de junho em Belém. Sua trajetória foi marcada pela composição de músicas, toadas e sambas, além da preservação da poesia oral e da cultura popular marajoara, registrada também na obra “Mestre Damasceno e as Cantorias do Marajó”.
Nos últimos anos, o artista também participou da produção de samba-enredos para o Carnaval carioca, incluindo a vitória da escola de samba Deixa Falar no concurso de 2025, com o tema “Pororocas Parawaras: As Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós”. O governador do Estado lamentou a perda e destacou o legado cultural de Damasceno, que permanecerá influente para as futuras gerações.
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