Carla Zambelli volta a tribunal na Itália para audiência que pode definir sua extradição

Deputada é considerada foragida da Justiça brasileira e aguarda decisão sobre pedido feito pelo STF

Por Sandra Venancio – Foto redes sociais Carla Zambelli

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), considerada foragida da Justiça brasileira, voltou nesta quarta-feira (27) ao Tribunal de Apelações de Roma, na Itália, para uma nova audiência no processo em que a Justiça italiana avalia sua extradição ao Brasil. O julgamento pode definir se a parlamentar licenciada seguirá presa em território italiano ou se aguardará em liberdade o andamento do caso, segundo informou o G1.

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Há duas semanas, Zambelli compareceu ao mesmo tribunal, mas a sessão acabou suspensa após ela alegar mal-estar. Desta vez, o juiz responsável analisou os argumentos da defesa e do Ministério Público, que representa o governo brasileiro. A decisão pode sair ainda nesta semana ou ser adiada para nova rodada de apreciação.

O pedido de extradição foi encaminhado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e formalizado pelo Ministério da Justiça, sob alegação de que a parlamentar descumpriu medidas cautelares e fugiu do Brasil no final de junho. Zambelli foi detida em Roma pela polícia italiana, em cooperação com a Interpol.

A defesa da deputada alega perseguição política e pede que ela não seja devolvida ao país. Já o governo brasileiro reforça que a extradição é necessária para garantir a aplicação da lei.

Os crimes de Carla Zambelli

Carla Zambelli responde a processos no STF por suposta participação em organização criminosa digital que teria atuado contra a democracia, além de incitação a atos golpistas. Ela também é investigada por porte ilegal de arma de fogo em episódio registrado em 2022, quando perseguiu e apontou uma pistola contra um homem em São Paulo na véspera do segundo turno das eleições presidenciais.

A Procuradoria-Geral da República ainda aponta que a deputada teria violado medidas cautelares impostas pelo STF, como a proibição de contato com outros investigados e restrições ao uso de redes sociais, o que teria motivado a ordem de prisão preventiva.