Fotógrafo é detido pela PF no Porto de Outeiro enquanto fazia imagens para agência chinesa

O repórter fotográfico Lúcio Távora, de Brasília (DF), foi detido pela Guarda Portuária do Porto de Outeiro, em Belém, na manhã desta quarta-feira (27), e levado à sede da Polícia Federal (PF). O local está entre os pontos estratégicos que receberão navios durante a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro na capital paraense.

De acordo com Távora, ele realizava registros fotográficos para a agência Xinhua News Agency, veículo oficial de notícias da China. “Eu vim produzir uma reportagem positiva para uma agência de notícias chinesa, já que o tema está em evidência. Subi no píer para fazer as imagens, mas não sabia que a área estava em funcionamento. Fui detido pela guarda portuária”, relatou em entrevista à revista Cenarium.

O fotógrafo afirmou que, ao se identificar como jornalista, recebeu tratamento respeitoso do inspetor responsável pela abordagem. “Preciso destacar que, quando apresentei minha credencial, fui tratado com educação pelo inspetor Sena, da Guarda Portuária. Não considero um ato de censura, mas achei desnecessário ser conduzido à PF, já que não cometi crime algum”, afirmou.

A detenção ocorreu em meio ao reforço das medidas de segurança em espaços estratégicos de Belém ligados à COP30. O Porto de Outeiro segue em atividade normal enquanto integra a estrutura de apoio à conferência internacional.

O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) e a Comissão de Liberdade de Imprensa da OAB-PA acompanham o caso e se deslocaram até a sede da Polícia Federal para prestar apoio ao profissional.

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