Faria Lima está contaminada pelo crime organizado, diz Receita

Operações conjuntas da Polícia Federal e Receita Federal identificaram que o mercado financeiro foi contaminado pelas organizações criminosas, sobretudo as fintechs.

A subsecretária de fiscalização da Receita, Andrea Costa Chaves, disse que a Faria Lima, centro do mercado financeiro do país, tem fundos legítimos, fundos que não têm nenhuma ligação com o crime. “Dentro desse arcabouço, identificamos 40 fundos que sim, que são ligados e utilizados para blindagem patrimonial do crime organizado”, disse.

A Faria Lima efetivamente não tem problema com o crime organizado. O que houve foi uma contaminação pontual específica em algumas administradoras de recursos, que, com grau de sofisticação, utilizam o sistema financeiro para efetivamente lavar o dinheiro ou ocultar o produto do crime”, explicou o técnico da Receita Claudio Ferrer.

Sobre o número de fundos identificados, a Receita explicou que são operações diferentes. A PF bloqueou 21 fundos e a Receita identificou 40.

“São duas operações que trabalharam com lavagem de dinheiro e ocultação dentro do sistema financeiro, foram decisões judiciais diferentes também. Então você pode ter essa diferença entre alguns fundos de uma operação para alguns fundos da outra operação”, disse Andrea.