Justiça italiana mantém prisão de Carla Zambelli e aponta “grau máximo” de risco de fuga

Deputada do PL-SP segue detida na Itália enquanto Corte avalia pedido de extradição feito pelo STF

Sandra Venancio – Foto Reprodução TV/Globo

A Justiça da Itália decidiu nesta quinta-feira (28) manter a prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A medida foi tomada um dia após a parlamentar ser ouvida por três juízes em audiência no país europeu.

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No documento, a Corte de Apelação destacou que há “grau máximo” de perigo de fuga caso a deputada seja solta, motivo pelo qual determinou a continuidade da prisão. Os magistrados também analisaram laudos médicos apresentados pela defesa e concluíram que Zambelli tem condições de permanecer detida.

Segundo o relatório pericial, a unidade prisional em que ela está detida oferece monitoramento médico constante e acesso às terapias necessárias, afastando a alegação de risco à saúde.

Zambelli é alvo de dois processos no Supremo Tribunal Federal (STF), onde já foi condenada. O ministro Alexandre de Moraes formalizou o pedido de extradição às autoridades italianas, que ainda será analisado. Até lá, a deputada seguirá presa.

Defesa questiona decisão

Na audiência de quarta-feira (27), o advogado da parlamentar, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que o perito médico do Estado italiano falou por apenas dois minutos e concluiu que Zambelli poderia continuar presa.

A defesa também contestou a tese de risco de fuga. “Ela não tem passaporte italiano nem brasileiro e não dispõe de recursos, porque o ministro Alexandre de Moraes bloqueou as contas dela e do marido. Então, não teria como deixar o país”, disse o advogado.

Zambelli foi presa na Itália após deixar o Brasil antes de ordem de captura. Sua permanência no país europeu dependerá agora da análise final sobre o pedido de extradição apresentado pelo STF.