Polícia Científica desmente espancamento de bebê em Santo Antônio do Tauá

Na tarde desta quinta-feira (28), a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência envolvendo um bebê recém-nascido e sua mãe, em Santo Antônio do Tauá, no nordeste do Pará. Inicialmente, a denúncia informava que a criança, de apenas três dias, teria sido vítima de agressões pelo próprio pai.

A guarnição do 12º Batalhão da PM encontrou o suspeito, identificado como Waldemir Silva de Oliveira, que tentou fugir armado com uma faca, mas foi capturado com ajuda de moradores. Durante a ação, três outras crianças que estavam na residência foram resgatadas e encaminhadas ao Conselho Tutelar.

Laudos descartam agressão e abuso

No entanto, exames realizados pela Polícia Científica do Pará atestaram que o bebê não sofreu espancamento nem violência sexual. Segundo a perícia, as manchas azuladas observadas no corpo da criança são manchas mongólicas, marcas de nascença comuns em recém-nascidos, que podem ser confundidas com hematomas.

“As manchas de coloração azuladas no corpo do bebê são marcas de nascença e não configuram hematomas de agressão”, informou o laudo.

A Polícia Civil acrescentou que, com base nos laudos oficiais, o suspeito será liberado.

O que são manchas mongólicas?

As chamadas manchas mongólicas são alterações benignas da pele, geralmente de cor cinzento-azulada a acastanhada, causadas pelo acúmulo de melanócitos (células de pigmento). Elas aparecem com frequência em bebês de ascendência asiática, africana e indígena e tendem a desaparecer nos primeiros anos de vida. Apesar de inofensivas, podem ser confundidas com hematomas de agressão, o que exige atenção médica para evitar interpretações equivocadas.

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