O torcedor bicolor vive uma temporada de sofrimento. Se já não bastasse um time limitado, mal montado e com escolhas questionáveis de escalação, o Paysandu ainda se vê vítima de arbitragens confusas e polêmicas. Neste sábado (30), no Estádio Rei Pelé, em Maceió, o Papão criou as melhores chances diante do CRB, mas perdeu por 2 a 0 — e a atuação da árbitra Edna Alves Batista gerou revolta. Mesmo após ser chamada pelo VAR, ela se recusou a marcar um pênalti claro em Leandro Vilela, enterrando qualquer esperança de reação bicolor.
Na essência da crise, parte importante da culpa cabe à atual diretoria, pelo mau planejamento para a temporada e contratações decepcionantes. Trouxe jogadores em fim de carreira, alguns claramente “bichados”, enquanto outros sem qualquer identidade com as tradições do clube ou vontade de jogar
Apesar da pressão e de lances de perigo criados principalmente no primeiro tempo, o Paysandu foi castigado pela eficiência do adversário. Thiaguinho e Mikael marcaram os gols que garantiram o triunfo regatiano. O resultado levou o CRB à sétima colocação, com 34 pontos, cinco a menos que o G-4. O Papão, por sua vez, segue afundado na lanterna da Série B, com apenas 21 pontos, em jejum de vitórias há sete jogos.
O próximo compromisso do CRB será no dia 8 de outubro, contra o Cuiabá, fora de casa. Já o Paysandu tenta juntar os cacos para encarar o Volta Redonda, na Curuzu, na sexta-feira (5). A torcida, no entanto, parece cada vez mais descrente.
No primeiro tempo, o CRB teve mais posse de bola, mas foi o Paysandu quem criou as oportunidades mais claras. Garcez, Marcelinho e Marlon pararam em defesas de Matheus Albino ou erraram o alvo por pouco. Reverson ainda arriscou de longe e quase abriu o placar.
Do outro lado, o Galo respondeu com Matheus Ribeiro, mas parou em Gabriel Mesquita. Aos 38 minutos, Marlon teve a melhor chance do Papão, cara a cara com o goleiro, mas desperdiçou.
Na volta do intervalo, a máxima do futebol se fez presente: quem não faz, leva. Thiaguinho aproveitou lançamento preciso de Higor Meritão, dominou e bateu cruzado para abrir o marcador. O Paysandu tentou reagir com Marcelinho e Diogo Oliveira, mas sem pontaria.
Falta tudo
A polêmica ficou para o fim. Já nos acréscimos, Leandro Vilela foi derrubado dentro da área. O VAR chamou Edna Alves, mas a árbitra ignorou as imagens e manteve a decisão inicial, sem pênalti. Na sequência, Mikael matou o jogo em bela jogada de Dadá Belmonte.
A crise bicolor, é preciso enfatizar, não pode ser explicada apenas pela má arbitragem. O erro de Edna Alves foi grave, mas o Paysandu é refém da própria incompetência. Falta organização tática, meio de campo com pegada forte, repertório ofensivo e, sobretudo, comando.
A diretoria parece perdida e o treinador não consegue extrair nada além de sofrimento de um elenco que já se mostra desanimado.
Com 14 rodadas pela frente, a situação do Papão beira o irreversível. A Série C, tão custosa para sair, volta a rondar a Curuzu como um fantasma cada vez mais real.
RAIO X DA PARTIDA
Local: Rei Pelé, Maceió (AL)
Juíza: Edina Alves Batista (FIFA-SP)
Assistentes: Eduardo Gonçalves da Cruz (MS) e Leandro Matos Feitosa (TO)
VAR: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Gols: Thiaguinho e Mikael
Paysandu: Gabriel Mesquita, Edilson (Bryan Borges), Thalisson, Thiago Heleno, Reverson (PK); Leandro Vilela, Anderson Leite; Marlon (Vinni Faria), Marcelinho (Edinho); Garcez e Diogo Oliveira. Técnico: Claudinei Oliveira
CRB: Matheus Albino; Weverton (Leo Campos), Henri, Fábio Alemão, Matheus Ribeiro; Higor Meritão, Crystopher; Danielzinho (Lucas), Douglas Baggio (Dadá Belmonte); Thiaguinho (Willian Pottker) e Facundo Barceló (Mikael). Técnico: Eduardo Barroca
MELHORES MOMENTOS E GOLS:
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